MÚSICA

Importância do choro foi tema de palestra em O IMPARCIAL

O músico pernambucano ressaltou a importância de fomentar na base a pluralidade de gêneros e ritmos brasileiros, entre eles o choro

Uma declaração de amor ao choro. Assim foi considerada a palestra O Choro em Pernambuco ministrada pelo bandolinista Marco César ontem no Auditório do jornal O Imparcial, para os amantes e apreciadores do gênero musical mediada pelo pesquisador e produtor cultural Ricarte Almeida Santos, idealizador e coordenador do Projeto RicoChoro ComVida na Praça.
O pernambucano que tem como foco de trabalho, a educação musical voltada para o povo nordestino, ressaltou a importância de fomentar na base a pluralidade de gêneros e ritmos brasileiros, entre eles o choro — gênero apreciado por Marco como primeira grandeza da música genuinamente nacional, e que ultrapassa as fronteiras dos estados brasileiros. “Vivo, respiro, curto e amo o choro. Ele é a base da minha vida musical e devo a ele todo o meu conhecimento. Me lembro que, quando era criança, costumava escutar choro e a me perguntar o porquê de não existir escolas de música brasileira. Sentia muita dificuldade em assimilar o que havia nas gravações, faltando conhecimento musical, técnico e histórico para poder atingir um nível satisfatório. A única saída foi abordar os grandes músicos que passavam pelo Recife”, disse ele.
Professor de música, instrumentista, arranjador, compositor, além de diretor musical e artístico de grupos e eventos, Marco César é um dos mais importantes artistas do Nordeste. Como professor realiza um trabalho, considerado pioneiro no Brasil, na formação e profissionalização de músicos de cordas dedilhadas; formatação de um programa didático/pedagógico de ensino de bandolim, cavaquinho e violão de sete cordas, com orientação e inserção voltada para a formação profissional mesmo, sem qualquer conotação com as terminologias gerenciais. Marco leciona no Conservatório Pernambucano de Música, Recife; no Centro Federal de Educação Tecnológica, Pesqueira; no Centro de Educação Musical de Olinda; além de manter uma sala particular em Recife para atendimento à demanda de alunos que não tiveram acesso às escolas públicas.
Durante a palestra Marco César, ressaltou que o frevo é uma música verdadeiramente nordestina, mas que não representa inteiramente o Nordeste, pela variedade de gêneros existentes na região, mas que, sem dúvida, representa Pernambuco. “Da Bahia ao Maranhão, são inúmeras as representações e manifestações culturais, tanto na dança, como na arte plástica e na música. Eu o considero como uma música representativa de Pernambuco e especificamente do Recife. Basta salientar que o frevo de bloco é um gênero musical tocado e cantado somente no Recife e nas prévias carnavalescas. A dança do frevo, ‘O passo’, só existe em Pernambuco”, disse ele que o Projeto RicoChoro ComVida na Praça tem um papel fundamental em fomentar o choro no Maranhão com a apresentação dos artistas em praça pública.
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