SAÚDE PÚBLICA

I Simpósio Estadual de Prevenção da Sífilis e Sífilis Congênita

Apesar de ser uma doença de fácil diagnóstico e tratamento, os números ainda demonstram-se altos no estado

Na última década, foram notificados 3.994 casos de sífilis em gestantes no Maranhão. Além dessas, no mesmo período, houve 2.388 notificações de sífilis congênita em menores de um ano. Nos últimos cinco anos, a estimativa foi de 467 casos em gestantes e 276 congênitas por ano. Apesar de ser uma doença de fácil diagnóstico e tratamento, os números ainda demonstram-se altos no estado. Por essa observação, o Governo do Estado intensificou as capacitações dos profissionais e tem reestruturado a assistência na Atenção Primária.
“Temos dado prioridade na requalificação dos profissionais, de forma que haja maior precisão nos diagnósticos, além de viabilizar junto ao Ministério da Saúde o medicamento para continuidade do tratamento adequado, na tentativa de reduzir os números de infecções”, ressalta o secretário da Política da Atenção Primária e Vigilância e Saúde, Luís Marcelo Vieira Rosa.
Para reestruturar as medidas preventivas e sensibilizar os profissionais da saúde no incentivo ao diagnóstico da doença em gestantes, o Governo do Estado, por meio da Secretaria de Estado da Saúde (SES), realizou, nessa sexta-feira (14), no auditório do Laboratório Central (Pam Diamante), o ‘I Simpósio Estadual de Prevenção da Sífilis e Sífilis Congênita’.
O evento faz parte da abertura da campanha de mobilização nacional, coordenada no estado pelo departamento de Atenção às DST/AIDS da SES. Durante o simpósio foi ministrada aos profissionais da Rede Estadual de Saúde a palestra ‘Sífilis: um desafio para a saúde’, pela médica infectologista do Hospital Presidente Vargas e professora da Universidade Federal do Maranhão (Ufma), Ana Saldanha.
“Hoje as gestantes em nosso estado têm acesso facilitado ao diagnóstico e ao tratamento. Precisamos avançar no acompanhamento dos casos e na capacitação técnica”, considerou a infectologista.
Prevenção
A partir dessa segunda-feira (17), técnicos do Programa de Infecções Sexualmente Transmissíveis (IST) do departamento de DST/AIDS visitarão as maternidades públicas e privadas realizando conscientização sobre a doença e panfletagem. “Nosso objetivo é ampliar a informação, ressaltar sobre o acesso ao teste e incentivar o diagnóstico no pré-natal. Até o final deste mês reforçaremos a campanha nas unidades”, explicou Orlando Frazão, coordenador do departamento.
A sífilis é causada por uma bactéria chamada Treponema pallidum, que é geralmente transmitida via contato sexual e que entra no corpo por meio de pequenos cortes presentes na pele ou por membranas mucosas.
Apesar da relação sexual ser o principal meio de contágio, a mulher portadora da bactéria durante a gestação pode transmitir para o feto durante todo o período gestacional. O resultado da contaminação do feto pode ser o aborto, óbito fetal e morte neonatal ou o nascimento de crianças com sífilis. O teste rápido (TR) de sífilis está disponível nos serviços de saúde do SUS, sendo prático e de fácil execução, com leitura do resultado em, no máximo, 30 minutos.
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