PREVIDÊNCIA

Fraudes no estado causaram o prejuízo estimado em R$ 5,65 milhões

Ao todo cinco operações foram realizadas este ano para combater crimes previdenciários. A Polícia Federal mantém sigilo sobre as investigações

A Operação Casa Cheia II deflagrada nessa quinta-feira, dia 20, em São Luís teve como finalidade reprimir crimes previdenciários, que vem ocorrendo nos últimos anos. Durante a operação foram cumpridos ao todo 12 Mandados Judiciais, sendo dois de prisão temporária, uma condução coercitiva e nove de busca e apreensão. A intervenção contou com a participação de 40 policiais federais, de um servidor da área de inteligência do Ministério da Previdência Social e da Assessoria de Pesquisa Estratégica e Gerenciamento de Riscos (APEGR).
De acordo com a Polícia Federal, por ocasião da deflagração da Operação “Casa Cheia” já havia indícios da participação de uma associação criminosa, composta inicialmente por um idoso, que se passava por terceiros, um agenciador, que arregimentava pessoas e os encaminhava até Agências Bancárias, e outros dois intermediários, que forneciam a documentação falsa. Não há ainda apuração do prejuízo causado.
A Operação Casa Cheia iniciou em 2015 quando tiveram duas prisões em flagrante em momentos e agências distintas. “Os titulares eram pessoas fictícias, criadas virtualmente através da falsificação de documentos públicos, quando as investigações foram aprofundadas. Novas operações poderão surgir vai depender do que foi apurado na Operação Casa Cheia II, liderada pelo Delegado, Diego Job”, relatou Antônio Carlos Castro, coordenador da Assessoria de Pesquisa Estratégica e de Gerenciamento de Risco (APEGR), vinculada à Secretaria-Executiva do Ministério da Previdência Social.
Outras operações
Ao todo cinco operações foram realizadas no estado, só este ano, para o combate de crimes previdenciários. A primeira operação foi à Operação Vínculos, deflagrada em 19 de abril, nas cidades de São Luís, São Bento, Palmeirândia, Pinheiro e Turilândia. Na época, a Polícia Federal cumpriu 32 Mandados Judiciais, sendo 09 de prisão temporária, 19 de busca e apreensão e 04 de condução coercitiva. O esquema criminoso contava com a participação do ex-prefeito do Município de São Bento, contadores, um advogado especializado em causas previdenciárias, um ex-funcionário do Cartório de Palmeirândia, um servidor do INSS e intermediários. O prejuízo orçamentado foi aproximadamente R$ 1,5 milhão.
A segunda ação da Polícia Federal foi denominada de Operação Intervenção, realizada dia 12 maio, nas cidades de São Luís e Paço do Lumiar. A PF cumpriu três Mandados Judiciais, sendo dois de busca e apreensão e um de condução coercitiva, além do sequestro de bens, incluindo veículos e propriedades do principal investigado. A operação levantou um prejuízo de R$ 300 mil.
O terceiro ato aconteceu apenas na capital maranhense, dia 24 de maio, quando foram cumpridos 12 Mandados Judiciais, sendo um de prisão preventiva, quatro de condução coercitiva e sete de busca e apreensão. Essa operação foi à primeira Operação Casa Cheia. O prejuízo estimado foi de aproximadamente R$ 1,65 milhão.
A Operação Vultos ocorreu no dia 19 de julho. Na ocasião, Oito mandados judiciais foram cumpridos, sendo seis de busca e apreensão e dois de condução coercitiva. Foi orçado um prejuízo de R$ 1,9 milhão e pelo menos 36 benefícios de amparo social ao idoso com endereço e CPF de titulares constavam na residência de um advogado especialista em causas previdenciárias.
A assessoria da Gerência da Previdência Maranhão não quis se pronunciar sobre as investigações.
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