Em júri promovido pela 1ª vara da comarca de Santa Inês no último dia 18, o réu Miguel Ferreira da Silva foi condenado a 21 anos de reclusão. Ele respondeu pelos crimes de homicídio e tentativa de homicídio praticados contra um sobrinho, Lenilson Silva e Silva, e um irmão do réu, José Raimundo Ferreira da Silva Mendes, pai de Lenilson. A pena deve ser cumprida em regime inicialmente fechado. Presidiu o julgamento a juíza Denise Cysneiro Milhomem, titular da vara.

De acordo com a denúncia, os crimes aconteceram no dia 1º de maio de 2009, por volta das 22h, em um imóvel localizado no Centro da cidade (Santa Inês). Ainda de acordo com a denúncia, na ocasião Miguel e o irmão, José Raimundo, discutiam por causa do imóvel onde se encontravam, e que teria sido deixado de herança pelos pais de acusado e vítima, quando José Raimundo teria proferido palavras de baixo calão contra o irmão.

Consta da denúncia que o acusado teria mandado o irmão repetir o que havia dito, quando o filho desse, Lenilson, repetiu as palavras do pai para o tio. Ato contínuo, Miguel teria sacado da faca que portava na cintura e desferido um golpe no tórax do irmão, que saiu correndo para o quintal da casa, enquanto Lenilson procurou refúgio em um quarto da residência.

Narram os autos que, já no quintal, Raimundo pegou um pedaço de pau com o qual desferiu um golpe em Miguel, quando teve início uma luta corporal entre ambos. Chegando ao local da luta, Lenilson teria tentado tomar a faca que o acusado portava, ao que Miguel reagiu aplicando no sobrinho uma profunda facada no abdômen, que o deixou com as vísceras expostas.

Ainda segundo os autos, mesmo gravemente ferido Lenilson conseguiu pegar um pedaço de pau com o qual atingiu Miguel, que finalmente soltou a faca e caiu ao chão. Nesse momento, José Raimundo, aproveitando-se do fato do acusado ter deixado cair a faca, atingiu-o na cabeça com um golpe de barra de ferro.

Após os fatos, José Raimundo, Lenilson e Miguel foram socorridos e levados a hospitais. Lenilson não resistiu aos ferimentos, vindo a falecer dois dias depois. Após alguns dias internado, Miguel, com a ajuda de uma irmã, fugiu do hospital, tendo sido preso posteriormente.