DECISÃO

Ordem: Sem bebidas e sem festas na UFMA

O Conselho Universitário proibiu, por tempo indeterminado, a realização de festas dentro do campus

Em reunião extraordinária, o Conselho Universitário proibiu, por tempo indeterminado, a realização de festas dentro do campus. A morte de Kelvin Rodrigues Ribeiro, 22 anos, estudante do curso de Ciência e Tecnologia da Universidade Federal do Maranhão (UFMA), assassinado com três facadas em um banheiro do Centro de Ciências Humanas (CCH), abriu o debate sobre a questão da segurança dentro da instituição federal.
O convênio assinado entre a UFMA e a Secretaria de Segurança Pública (SSP/MA) determinou a entrada da Polícia Militar nas dependências da Cidade Universitária, visando a segurança dos estudantes. Além disso, em reunião extraordinária do Conselho Universitário (Consun), está proibida, por tempo indeterminado, a realização de festas dentro da universidade.
Nesta terça-feira (9), primeiro dia da chegada do patrulhamento que prevê a segurança ostensiva e preventiva, o clima parecia ser de tranquilidade no Campus do Bacanga, mas, entre as conversas entre os alunos, o assunto ainda era a morte do estudante.
A presença da PM divide opiniões. Um grupo que conversava nas dependências do Centro de Ciências Humanas foi unânime em afi rmar que é contra a presença da força policial. O estudante de jornalismo Luiz Gabriel Bastos Cutrim comentou a segurança realizada em outras universidades federais. “Em outras instituições, existe uma polícia especializada em dialogar com os estudantes.
Em Brasília, por exemplo, existe uma guarda universitária e aqui na UFMA também tinha há algum tempo atrás”.
A estudante de jornalismo, Vilma Santos Reis, emitiu também sua opinião contrária a presença da Polícia Militar no Campus. “A PM não é a melhor solução, é despreparada para lidar com as pessoas da rua, imagina aqui dentro, além do que é um espaço público federal e a polícia não tem preparo para lidar com o que existe aqui dentro, é necessário sim mais segurança, mas a PM não é a melhor solução”, relatou a estudante. 
A comunidade acadêmica está dividida quanto a presença da Polícia Militar. No Centro Pedagógico Paulo Freire, prédio onde funciona o Bacharelado em Ciência e Tecnologia (BCIT), curso do estudante Kelvin, a estudante Larissa Fernanda disse ser à favor da presença da Policia. “A presença da PM dá mais segurança pra gente, está todo mundo à mercê de muita coisa aqui dentro, então eu sou completamente a favor e não tenho nada contra”, comentou a estudante de química Industrial.
Sobre a proibição de festas dentro da UFMA, todos os estudantes ouvidos se manifestaram à favor da medida. “É necessário porque, não só pela morte do Kelvin, até antes deste acontecimento já tinham sido vetadas, essas festas já não estavam ocorrendo com
muita frequência, se você analisar de 2015 para 2016, quase não existiam mais festas na UFMA, as que existem são feitas fora daqui, até mesmo por questão de respeito, sou a favor que não tenham mesmo mais festas aqui”, contou Daniel Gomez Rodrigues, estudante de Biologia.
Missa de Sétimo Dia
Os familiares de Kelvin Rodrigues Ribeiro estão convidando os amigos para participar da missa de sétimo dia em intenção da alma do estudante. A solenidade religiosa acontece nesta quinta-feira (11), na Igreja Nossa Senhora do Povo, na Vila Embratel, às 18h.
Convênio
O acordo assinado prevê a segurança ostensiva e preventiva da Polícia Militar no Campus do Bacanga, atuando junto à equipe privada da UFMA, nas realização de rondas em locais
vulneráveis e de alto risco e monitorar os espaços físicos da Instituição. A UFMA disponibilizará o apoio logístico e técnico para a Polícia Militar, fornecendo as informações necessárias para o desenvolvimento das atividades de inteligência, oferecerá programas de capacitação para os policiais, além de apoiar, institucionalmente, o Programa de Redução do Uso de Drogas.
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