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MPF pede informações para instruir investigação sobre sumiço de fetos

As informações foram solicitadas à Anvisa, Ministério da Saúde, Conselho Federal de Medicina (CFM), PF e HU-Ufma

O Ministério Público Federal no Maranhão (MPF/MA) pediu informações à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), Ministério da Saúde (MS), Conselho Federal de Medicina (CFM), Superintendência Regional da Polícia Federal no Maranhão e Hospital Universitário da Universidade Federal do Maranhão (HU-Ufma) para instruir investigação que apura condições de segurança e qualidade dos procedimentos internos da Unidade Materno Infantil do HU-Ufma, em São Luís (MA). As solicitações foram feitas por meio de ofício após análise de relatório enviado pelo hospital, a pedido do MPF/MA.
Por meio de ofício, o MPF/MA pede que Anvisa, MS e CFM enviem manifestações técnicas que esclareçam quais são os procedimentos obrigatórios a serem adotados por unidades hospitalares em casos de morte fetal. À Anvisa solicita-se, também, que realize vistoria no HU-Ufma para verificar o atendimento aos protocolos e procedimentos legais. Além disso, solicita à Superintendência Regional da Polícia Federal no Maranhão o envio de cópias dos depoimentos colhidos e laudos periciais produzidos sobre o caso.
O HU-Ufma deverá encaminhar cópias de documentos, incluindo o que trata do controle de conferência do material contido na câmara fria do Materno Infantil, do dia 19 de julho de 2016, e levantamento dos últimos 6 meses sobre o fluxo de entrada e saída de cadáveres do local.
Desaparecimentos
No mês passado, familiares acusaram o Hospital Materno Infantil pelo desaparecimento de três fetos da câmara fria da unidade. No vídeo por celular, a mãe de uma das crianças, Ednete Francisca dos Santos relata o caso denunciado pelo companheiro.
No dia 12 de julho, Ednete, mãe de Maria Clara, deu entrada no Hospital Materno Infantil com fortes dores, vindo a retornar no dia 18, ocasião em que foi constatada a morte da criança. Ednete tem uma patologia denominada púrpura que é autoimune, classificada na destruição de plaquetas que são as células ligadas ao processo de coagulação do sangue. A gravidez foi considerada de risco.
Diante dos fatos, os pais da criança solicitaram um laudo médico a fim de descobrir a causa da morte do bebê. O procedimento seria realizado no Hospital Dutra, no entanto, o exame não pôde ser feito, pela ausência da placenta, que foi indevidamente descartada.Além disso, outro agravante surgiu, o corpo da criança desapareceu da câmara fria da Unidade Hospitalar no dia 21.
De acordo com a direção do Materno Infantil, além de Maria Clara, outros dois bebês nascidos mortos, também sumiram do local. Para eles, a equipe de limpeza pode ter se equivocado e levado os fetos para serem cremados.
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