INFRAESTRUTURA

Duplicação da BR-135 entra no 2º trecho

O DNIT ainda não concluiu o primeiro trecho da duplicação da BR-135, mas já pediu licença para o início do segundo trecho

O primeiro trecho da duplicação da BR-135 ainda não foi concluído, mas a segundo trecho já está com o pedido de licença ambiental encaminhado. A rodovia federal está em obras já há quatro anos e tem sido há décadas cenário recorrente de acidentes fatais. Ela é também a única ligação por via terrestre entre a ilha de São Luís e o continente.
O requerimento foi feito no dia três de agosto, última quarta-feira, através de nota pública, assinada pelo engenheiro Gerardo de Freitas Fernandes, superintendente regional do Departamento Nacional de Infraestrutura e Transportes (Dnit). A Secretaria de Estado do Meio Ambiente (Sema), para onde o pedido de licença ambiental foi endereçado, não informou, até o fechamento desta edição, o prazo para conceder a licença.
O primeiro lote, em obras, compreende o trecho entre a Estiva e o município de Bacabeira, já o segundo trecho, que será iniciado assim que concedida a licença ambiental, abrange do Km 51,3, na cidade de Bacabeira, até o km 127,75, em Miranda do Norte. Segundo o Dnit o procedimento de pedido de licença é padrão, mesmo que o primeiro trecho ainda não esteja concluído. “A licença prévia é um procedimento legal para cada obra, individualmente, ou seja, para cada trecho licitado, uma licença ambiental específica. Como dito na resposta anterior, a licença prévia é obrigatória na licitação de uma obra. Logo, toda vez que tivermos uma nova obra para licitar, uma nova licença é solicitada”, disse o o Dnit, em nota.
Duplicação da BR 135
Quanto ao trânsito, o Dnit disse que só poderá saber o quanto será afetado depois que a licitação for concluída, quando um cronograma de serviços será acordado entre o órgão e a empresa que vencer o processo. Segundo a assessoria, o trânsito será coordenado de forma a “minimizar os impactos durante o período de execução das obras”.
Quatro anos de obras
As obras na BR-135 foram iniciadas em setembro de 2012, depois de ter sido anunciada para agosto de 2011. À época foi anunciado que as obras se dariam em três etapas: lote I, da Estiva ao município de Bacabeira, com um investimento de R$ 354 milhões, compreendendo 27km e considerado pelo próprio Dnit como “o mais urgente por causa do alto índice de acidentes ali registrado”; o lote II, de Bacabeira ao povoado Outeiro (entroncamento Itapecuru-mirim), com 44km, e com investimento de R$ 107 milhões; o lote II, de Outeiro até Miranda do Norte, com um orçamento de R$ 63 milhões e 31 km.
Depois de diversas paralisações, as obras foram retomadas em, abril desse ano, mas se concentrando apenas na construção de um viaduto de acesso à cidade de Rosário, no entroncamento da BR – 135 com a BR 402A duplicação da BR-135 está prevista no Plano de Aceleração do Crescimento do Governo Federal. Segundo o Dnit apenas esse trecho tem um investimento de mais de R$ 484 milhões.
Acidentes
Em quatro anos de obras, julho de 2016 tem sido mostrado pelo Departamento como um dos mais movimentados, com serviços de terraplanagem, drenagem de pavimentos e a construção do viaduto de Bacabeira. Durante os dias seis e sete de agosto, está previsto a montagem das vigas do viaduto no km 45, o que deverá deixar o trânsito lento entre as 7h e as 17h.
Em julho, O Imparcial fez um resgate de alguns dos acidentes fatais ocorridos nos últimos meses na rodovia, notadamente o ocorrido com o choque entre um caminhão e um carro de passeio, que deixou oito mortos. Em março foi constatado em números reais a quantidade de buracos presentes na BR-135, sendo 200 deles nos 23km que separam o Km 0, na rotatória do Aeroporto Cunha Machado, e o Km 23, na Estiva. No mesmo mês a bailarina Ana Lúsica Duarte, de 52 anos, foi vítima de latrocínio após diminuir a velocidade de seu veículo para desviar de buracos na madrugada do dia 27.
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