FALHAS NA SEGURANÇA

MPF investiga desaparecimento de corpos de recém-nascidos em hospital

O Materno Infantil comunicou o desaparecimento de três fetos, incluindo o de uma recém-nascida que havia falecido com 37 semanas de gestação

O Ministério Público Federal no Maranhão (MPF/MA), por intermédio da Procuradoria Regional dos Direitos do Cidadão (PRDC), abriu inquérito civil para investigar falhas na segurança e qualidade dos procedimentos internos da unidade Materno Infantil do Hospital Universitário da Universidade Federal do Maranhão (HU-Ufma), em São Luís (MA).
A procuradora regional dos Direitos do Cidadão no Maranhão, Talita de Oliveira, requisitou à direção da unidade hospitalar que apresente informações detalhadas e todos os documentos disponíveis sobre o desaparecimento de corpos de recém-nascidos das suas dependências. De acordo com o pedido, o hospital terá, ainda, que esclarecer as providências que adotará para garantir que casos semelhantes não voltem a acontecer.
A partir de informações divulgadas pela imprensa local, o Hospital Materno Infantil comunicou o desaparecimento de três fetos, incluindo o caso mais recente, ocorrido na última semana, de uma recém-nascida que havia falecido com 37 semanas de gestação. A direção do hospital registrou os casos na Polícia Federal, que abriu investigação.
O MPF/MA aguarda informações das investigações realizadas pela Polícia Federal para também apurar possível responsabilidade criminal sobre o desaparecimento dos corpos dos três recém-nascidos ocorrido nas últimas semanas.
Desaparecimentos
Familiares acusam o Hospital Materno Infantil no desaparecimento de três fetos da câmara fria da unidade. No vídeo por celular, a mãe de uma das crianças, Ednete Francisca dos Santos relata o caso denunciado pelo companheiro.
No dia 12 deste mês, Ednete, mãe de Maria Clara, deu entrada no Hospital Materno Infantil com fortes dores, vindo a retornar no dia 18, ocasião em que foi constatada a morte da criança. Ednete tem uma patologia denominada púrpura que é autoimune, classificada na destruição de plaquetas que são as células ligadas ao processo de coagulação do sangue. A gravidez foi considerada de risco.
Diante dos fatos, os pais da criança solicitaram um laudo médico a fim de descobrir a causa da morte do bebê. O procedimento seria realizado no Hospital Dutra, no entanto, o exame não pôde ser feito, pela ausência da placenta, que foi indevidamente descartada.Além disso, outro agravante surgiu, o corpo da criança desapareceu da câmara fria da Unidade Hospitalar na quinta-feira, dia 21.
De acordo com a direção do Materno Infantil, além de Maria Clara, outros dois bebês nascidos mortos, também sumiram do local. Para eles, a equipe de limpeza pode ter se equivocado e levado os fetos para serem cremados. 
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