Tem crescido nos últimos anos os casos de violência entre adolescentes que ocorrem nos mais diversos âmbitos da sociedade, quer seja na forma do bullying na escola, os ataques discriminatórios nas ruas, ou como vimos nas últimas semanas, abuso sexual como o caso do estupro coletivo no Rio de Janeiro.

Para chamar a atenção da sociedade e promover o debate sobre esse tipo de violência, o psicanalista Alberto Saúl ministra palestra “Adolescente mau”, na sexta-feira, 17, às 19h, no Uniceuma (Renascença II). A palestra integra a programação da atividade preparatória para a X Jornada de Psicanálise promovida pela Delegação Geral Maranhão – Escola Brasileira de Psicanálise em São Luís.

De acordo com Alberto Saúl, desde os primeiros anos de escola até muito depois da idade da faculdade, a provocação, a perseguição e a tentativa deliberada de prejudicar o outro se tornaram uma prática comum, como se vê frequentemente nos trotes das faculdades, nas brigas de torcidas organizadas de futebol ou nos pequenos grupos escolares.

Segundo dados do Ministério da Educação (MEC) quatro em cada dez estudantes afirmam já ter sofrido violência física ou verbal dentro da escola no último ano, uma média de 42% quando analisados dados de um pesquisa feita com estudantes das setes cidades mais violentas do Brasil, entre elas São Luís. Em 65% dos casos, o agressor foi um colega da unidade educacional.

De acordo com o psicanalista, essa violência é um exercício gratuito e desinteressado. “A crueldade do adolescente não busca qualquer lucro ou ganho. Sem distinção entre pobres ou ricos, entre cultos ou iletrados. Não suporta correlação com reivindicações sociais e nem ideológicas”, afirma Alberto Saúl.

No sábado, 18, as atividades continuam com o seminário “O adolescente como placa giratória”, com palestras e apresentações de trabalhos desenvolvidos por participantes da Delegação Geral Maranhão / EBP.

Serviço:

Palestra “O Adolescente Mau”, com Alberto Saúl

Sexta-feira, dia 17, às 19h

Uniceuma (Renascença II)

Entrada gratuita.