DIAGNÓSTICO

Ressonância magnética é aliada no combate ao câncer de próstata

A técnica provou ser muito valiosa para o diagnóstico de uma ampla gama de condições clínicas em todas as partes do corpo

A ressonância magnética, ou ressonância nuclear magnética, é um método de diagnóstico por imagem que usa ondas de radiofrequência e um forte campo magnético para obter informações detalhadas dos órgãos e tecidos internos do corpo, sem a utilização de radiação ionizante. Esta técnica provou ser muito valiosa para o diagnóstico de uma ampla gama de condições clínicas em todas as partes do corpo. Inclusive, é inegável sua eficácia nos casos de câncer de próstata em estágio avançado. E também quando a extensão do câncer é extracapsular, ou seja, quando se espalha para fora da glândula prostática, aumentando as chances de metástases.
De acordo com o médico radiologista Sylvio Batista, da Clínica i.Medical, a ressonância magnética não tem sensibilidade ou especificidade suficientes para substituir a biópsia na detecção do câncer de próstata. No entanto, é bastante útil na identificação de envolvimento extracapsular, de feixes vásculo-nervosos, ou ainda de vesículas seminais.
Sylvio Batista
“No procedimento padrão, sempre que o toque retal e o nível alto de PSA no sangue indicarem a presença de algum tipo de lesão, a investigação deve prosseguir com a realização da ultrassonografia transretal e a biópsia guiada pelo ultrassom. Os procedimentos são simples, seguros e geralmente bem tolerados pelos pacientes”, frisou o médico.
Estudos preliminares demonstram altíssima acurácia da ressonância magnética em metástases linfonodais pélvicas e retroperitoneais de câncer de próstata. O método, que usa contraste específico para a detecção de linfonodos (gânglios linfáticos que são os primeiros a receber a drenagem linfática de um tumor), é possivelmente comparável ou discretamente superior à linfadenectomia cirúrgica que prevê a ressecção dos linfonodos, em detrimento de sua amostragem mais abrangente e de uma provável recuperação mais rápida dos pacientes.
O uso de técnicas de imagem envolvendo características funcionais e componentes químicos dos tecidos tem potencial de futuramente reduzir o número de biópsias, devido ao aumento de acurácia na detecção de tumores.
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