Policiais civis e diversas categorias de servidores da Secretaria de Segurança Pública (SSP) decidiram retomar movimento de greve por tempo indeterminado. A greve havia começado na quinta, dia 16, mas foi interrompida para mais uma tentativa de negociação que ocorreu na tarde desta sexta. Representantes do Sindicato dos Policiais Civis do Maranhão (Sinpol) reuniram-se com os secretários de Estado, Jefferson Portela (Segurança) e Marcelo Tavares (Casa Civil), mas não houve acordo. Após a reunião que ocorreu na Casa Civil, no Palácio dos Leões, investigadores, escrivães, motoristas, e outros servidores da SSP, em Assembleia Geral realizada no auditório da secretaria, entre 8h30 às 21h30, decidiram pela greve.

“A ampla maioria decidiu que a greve deveria ser retomada. Infelizmente a proposta apresentada pelo Governo não atendia minimamente as nossas demandas”, disse o presidente do Sinpol, Heleudo Moreira.

A proposta recusada previa a incorporação da gratificação de dedicação exclusiva (GDE) ao subsídio e a aplicação de reajuste de 10%, para vigorar em junho de 2016. O retroativo da GDE seria parcelado em 26 vezes, a partir de janeiro de 2017. Ao final das parcelas, o valor seria incorporado ao subsídio. Desse modo, em 2017 haveria um reajuste total de 20,5%. O acordo seria estabelecido judicialmente.

O objetivo da categoria era obter o mesmo percentual conseguido pelos delegados da Polícia Civil, que obtiveram 40,7% de aumento.

Com a greve retomada, a Segurança vai funcionar com 30% do efetivo de comissários, investigadores, escrivães, peritos criminalísticos auxiliares, auxiliares de pericia médico legal, motoristas e operadores de rádios da ilha.

Esse efetivo vai permanecer trabalhando exclusivamente nos quatro plantões centrais da capital. Serão cumpridos os autos de prisão em flagrante somente nos casos de crimes inafiançáveis; crimes hediondos; crimes contra a criança e o adolescente; crimes contra o idoso e decorrentes da aplicação da Lei Maria da Penha.

Neste domingo, os grevistas irão se concentrar a partir das 9h na Praça do Pescador, na Avenida Litorânea. Em seguida farão uma passeata de protesto.