Boa noite Cinderela

Mais dois casos de estupro coletivo são registrados no país

Menina de 14 anos foi estuprada em um ginásio no Piauí. Outro caso foi no Distrito Federal, com garota de 13 anos, durante festa junina

Nos últimos cinco dias mais dois caso de estupro coletivo chamaram a atenção. No Piauí, uma menina de 14 anos foi vítima de um estupro coletivo na cidade de Pajeú, distante 460 km de Teresina, no Sul do estado. De acordo com a polícia, quatro pessoas são suspeitas de participação no crime, entre elas, três adolescentes. Já a Polícia Civil do Distrito Federal investiga suposto estupro coletivo de uma menina de 13 anos em uma festa junina na Paróquia Imaculado Coração de Maria, no Park Way, área nobre do DF. Tudo indica que nos dois casos as meninas foram drogadas desavisadamente. Crimes ocorrem cerca de duas semanas depois que vídeos de outro estupro coletivo (outra adolescente) no Rio de Janeiro foram postados nas redes sociais.
No Piauí, o crime ocorreu na noite de terça-feira, dia 7, em um ginásio poliesportivo e, segundo a polícia, a menina foi encontrada desacordada pela madrasta em um dos banheiros do local, que ainda chegou a flagrar o ato criminoso. De acordo com o delegado Willame Morais, gerente de policiamento do interior, a menina relatou que conhecia um dos suspeitos e já teria tido um relacionamento com ele. Ainda conforme o delegado, um dos rapazes ofereceu coca-cola à garota e ela disse não lembrar do que aconteceu após tomar o refrigerante. Em depoimento à polícia, os suspeitos falaram que ofereceram bebida alcoólica e que o ato sexual teria sido consentido.
“Nós temos aí uma garota de 14 anos, possivelmente sob efeito de bebida alcoólica ou outra substância, fatos que por si só já caracterizam o estupro”, afirmou o delegado.
Segundo relato de uma testemunha, que não quis se identificar, a madrasta comentou que a menina saiu de casa por volta das 16h de casa para ir ao ginásio. Às 18h30, a mulher percebeu que a enteada estava demorando e resolveu ir procurá-la. Ao chegar ao ginásio, a madrasta flagrou a menina sendo estuprada e ainda tentou segurar um dos rapazes, mas todos conseguiram fugir pulando o muro do local. A adolescente estava desacordada.
Ainda na noite de terça-feira a menina foi encaminhada para Teresina para ser submetida a exames e na manhã desta quarta-feira (8) recebeu atendimento no Serviço de Atenção a Mulheres Vítimas de Violência Sexual (Sanvis) na Maternidade Dona Evangelina Rosa.
Área Nobre
No Distrito Federal, o caso aconteceu na última sexta-feira, dia 3, mas só chegou ao conhecimento das autoridades policiais nesta terça, dia 7. A vítima teria sido dopada por outros três colegas, também adolescentes, e acordou na casa de uma amiga que contou o ocorrido. A direção da escola onde a vítima estuda tomou conhecimento do fato. Os profissionais conversaram com a avó da vítima. Só então o caso foi registrado na Delegacia da Criança e do Adolescente de Taguatinga (DCA II). A adolescente teria tomado, sem saber, a droga Rohypnol, e não se lembra do que aconteceu.
Uma amiga que estava com a adolescente abusada relatou aos policiais que elas bebiam e um grupo de estudantes de outro colégio se juntou a elas. A vítima, por sua vez, contou que bebia e, em um dado momento, perdeu os sentidos e não se lembra mais de nada. Ela teria ingerido, sem saber, a droga Rohypnol, a mesma usada no golpe conhecido como “boa noite Cinderela”.
Consta na ocorrência que, quando a menina acordou, ouviu da amiga que os jovens que se misturaram ao grupo delas, colocaram drogas na bebida para deixá-la dopada e, assim “praticarem ato libidinoso com a vítima”. Após o Rohypnol fazer efeito, eles teriam passado as mãos nas partes íntimas da garota.
Responsável pela paróquia, o Diácono Abraão Neto se disse surpreso com a situação e garante que a ação não ocorreu dentro da igreja. “Na festa não tem como isso ter existido. Tínhamos seguranças contratados, duas viaturas da polícia militar e até o Departamento de Estradas e Rodagens que fazia o controle do trânsito, é inviável que ninguém tenha visto”, afirmou. Ele alega que nenhum comunicado oficial chegou a ele, mas que está a disposição para contribuir com as investigações.
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