CELEBRANDO O AMOR

Dia dos Namorados: Toda forma de amar

Para o amor não há regras. Estar juntos, partilhar momentos, buscar a felicidade independe de idade, raça, sexo ou religião

A composição Paula e Bebeto (1975), de Caetano Veloso e Milton Nascimento, é uma espécie de protesto contra o fim do amor, pois foi inspirada em um namoro desfeito. Na canção, um dos versos (“Eles se amam de qualquer maneira, à vera/Eles se amam é pra vida inteira, à vera/Qualquer maneira de amor vale o canto/Qualquer maneira me vale cantar/Qualquer maneira de amor vale aquela/Qualquer maneira de amor valerá…”) define bem a importância de deixar fluir qualquer forma de amar.
Neste Dia dos Namorados, nada melhor então do que contar histórias de amor de três casais. Histórias diferentes, diversas, com casais igualmente diferentes e diversos que toparam contar sobre suas relações e de como a força do amor é importante para superar todo e qualquer obstáculo.
Luna e Al Danuzio superaram o namoro à distância; Luciana e William nem perceberam a diferença de idade entre eles; Gleyce e Davi vivem um namoro que beira à corte. Conheçam então os casais Luna Gandra e Al Danuzio, Luciana Ferreira e William Lago, Gleyce Oyama e Davi.
Luna e Danuzio
Foram muitos e-mails trocados, várias mensagens, vídeos, até descobrirem-se apaixonados. Luna e Danuzio, atores e produtores, se conheceram superficialmente em São Luís durante uma palestra que ele veio dar em São Luís sobre atuação. Ele já morava nos Estados Unidos, mas perceberam que tinham muito mais em comum depois que começaram a se corresponder à distância e ter a internet como aliada.
Eles se conhecem há 3 anos e 5 meses, mas estão juntos há 2 anos e 6 meses quando em uma das viagens que ele fez para São Luís, eles decidiram namorar à distância, mesmo sabendo de tudo que teriam que passar e dos sentimentos como saudade, confiança…
“Quando a gente começou, nem cogitávamos namorar a distância, mas a gente se falava todo dia. Então, a gente já tava namorando, sem estar namorando oficialmente. A gente duvidava disso, tinha medo, mas aí não deu, né?”, indaga Luna. “Quer dizer, deu né? (risos)?”, corrige Danuzio.
E como ficou o primeiro encontro depois disso? Passaram-se quase seis meses para acontecer. Danuzio conta que eles se sentiram mais leves com o que estava acontecendo. “A gente tava com medo, mas sentimos alívio. Era visível na cara um do outro que a gente já se amava, entendeu?”
A dica que os dois dão para quem está em um relacionamento assim é ter paciência e antes de tudo se perguntar se é isso mesmo que quer. “Tem que saber que é muita doação. Saber que mesmo sendo à distância tem que dedicar um tempo para o outro, assim como no namoro presencial”, diz Luna. “A paciência e o perdão, porque a palavra é o único elo que você tem com quem tá à distância, e não dá para voltar atrás. É uma jornada sofrida para o casal, então tem que saber perdoar e ser compreensivo. Isso provoca uma união que é única e é a maneira dessa relação continuar”, acrescenta Danuzio.
E sentir esse amor à distância é bom ou ruim? Apaixonados, os dois concordam que a sinceridade é a chave de tudo. “A relação de confiança tem que ser muito mais forte. E você tem que ser sincero um com o outro. Namorar à distância é bom se você tem um plano de ficar junto. Pior do que isso é não namorar e perder a pessoa amada por não querer se aventurar numa relação diferente”, diz Luna. “A confiança tem que haver em qualquer relação e é uma coisa que se constrói com o tempo. E com a gente foi assim, foi algo conquistado pelos dois. Quando você ama a pessoa com quem você tá, namorar é bom de qualquer maneira”, finaliza Al Danuzio.
“Escolhemos esperar”
Gleyce e David

O namoro de Gleyce Oyama, de 20 anos, empresária, e David Felix, de 30 anos, empresário, é daqueles de encher os olhos. Eles se conheceram na igreja que frequentam, em 2011. Ele fazia parte do Ministério de Louvor e ela, do vocal. Descobriram que se gostavam, mas entenderam que não estavam prontos para iniciar um relacionamento. Eles são adeptos do movimento “Eu Escolhi Esperar”, um movimento que incentiva adolescentes, jovens e adultos a esperar a pessoa certa e o momento certo de cada fase do relacionamento. No caso da vida conjugal, somente depois do casamento.

“Não se limita às pessoas virgens, mas a todas que em algum momento da sua vida perceberam que o melhor seria esperar “, Gleyce Oyama, empresária

“Uma das melhores escolhas que fizemos! O ‘Eu Escolhi Esperar’ é mais do que um movimento, é um compromisso que fazemos um com o outro e com Deus. Por sermos cristãos, devemos levar uma vida de santidade. Esperamos quando percebemos que não estávamos prontos para namorar e hoje esperamos pelo grande dia para que possamos ter uma vida conjugal. A melhor motivação é saber que ouvir a voz de Deus é a melhor escolha”, diz Gleyce.
Gleyce e David

“Vale ressaltar que o movimento não se limita às pessoas virgens, mas a todas aquelas que em algum momento da sua vida perceberam que o melhor seria esperar. Quando um jovem entra em um relacionamento, ele passa por cada etapa como teoricamente o namoro, o noivado, o casamento e então a vida sexual. O ‘Eu Escolhi Esperar’ nos motiva a esperar por cada momento desses”, completa Gleyce.

O casamento já está marcado. Com três meses de namoro, eles vão noivar em agosto próximo e casar em 2017. “Será um dia muito especial, quero neste dia demonstrar a cada minuto o quanto ela é especial para mim. E aos casais que escolheram esperar continuem firmes nessa caminhada, pois vale a pena cada minuto à espera da pessoa certa para compartilharmos nossa vida e dedicar nosso amor”, finaliza Davi.
Somando experiências
Luciana e William

Dezoito anos separam a supervisora de call center Luciana Ferreira, de 27 anos, e o administrador de redes William Lago, de 45. Eles se conheceram no ambiente de trabalho e estão juntos há 3 anos e 3 meses. Para ele, essa diferença não atrapalhou, mas foi uma coisa a se pensar. “Fiquei apreensivo com o que poderia ocorrer com o temido choque de geração, mas a aceitação dela foi plena e não tivemos atrapalhos por conta disso.”

Para Luciana, independentemente de idade, o que vale é aceitar o que o outro tem para oferecer. “Temos algumas opiniões bem diferentes, no início era motivo de algumas brigas bobas, porém aprendemos a respeitar as diferenças. A idade nunca foi problema, apenas nascemos e vivemos em ciclos de tempos diferentes, estamos somando experiências de vidas”, avalia Luciana.
Luciana e William

Parecia que estava escrito. Ele acostumado a namorar com mulheres mais novas e ela, que prefere homens mais velhos, estavam fadados a se encontrar. Sobre o futuro, eles querem ficar velhinhos com o jeito próprio de cada um e as regras da boa convivência. “Penso no futuro, em casar, quem sabe ter um filho juntos, nossa casa, planos de qualquer casal. Não tenho medo que a diferença de idade possa atrapalhar no futuro, até porque, psicologicamente, ele tem a mesma idade que eu, se não for mais jovem”, completa Luciana.

Sobre quem pensa que idade interfere, ou que de alguma forma apresenta um preconceito, ainda que velado, William diz que eles decidiram ser felizes juntos e é isso que as pessoas devem buscar: a felicidade. “A questão é: é preciso ter certeza da própria decisão. Todas as questões de preconceito vêm da sociedade como um todo. Os mesmos que apontam o dedo dizem que todos têm que ser tratados de forma igual. Isso é hipocrisia, sempre ouvimos comentário a respeito, mas, como diz a música comum a todas as gerações: ‘É só você que deve decidir o que fazer para tentar ser feliz’…”, opina.
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