Quem nunca teve a sensação de estar-se esquecendo de alguma coisa, sem saber exatamente o que era? Em casa, no trabalho, ou em qualquer atividade pessoal, a impressão de ter que “se desdobrar em quatro” é um efeito das múltiplas responsabilidades assumidas por um número cada vez maior de pessoas. Em São Luís, essa consequência pode ser sentida diretamente em locais de grande circulação. É que o movimento dos setores de “achados e perdidos” tem crescido consideravelmente nos últimos anos. A equipe de O Imparcial visitou alguns desses locais pessoas para constatar esse fenômeno.

O São Luís Shopping é um dos centros comercias de maior circulação da capital. Por ali, passam cerca de 25 mil pessoas por dia, em períodos de alto fluxo. Não é de se estranhar, portanto, que alguns destes frequentadores, distraídos, esqueçam um ou outro de seus pertences enquanto fazem compras, almoçam ou aproveitam o happy hour com os amigos.

Em quase 17 anos de operações, muitos pequenos objetos – como guarda-chuvas, óculos e cartões foram deixados ali. Por dia, são de três a cinco objetos encontrados nas dependências do centro comercial. A curiosidade, no entanto, não está nesses objetos mais comuns. De acordo com o gerente de operações do Shopping, Nélio Paixão, são dois episódios os que mais chamam a atenção: em um deles, o alvo do descuido foi um carrinho infantil; em outro, a própria criança.

O carrinho (que você pode conferir na ilustração dessa reportagem) chama atenção pela dimensão. “É difícil acreditar que alguém esquece isso, mas já está aqui há quase três anos”, afirma Nélio. Para devolvê-lo hoje, o gerente afirma que precisaria de uma comprovação de compra do brinquedo.

O outro episódio, conta, foi ainda mais inusitado.Uma família foi passear no shopping. Os pais chegaram de lugares diferentes, cada um em seu próprio carro. Ao sair, ambos assumiram que a criança iria retornar com o outro. Alguns minutos depois, o filho, perdido, parecia buscar pela família, o que chamou a atenção dos funcionários do centro comercial. Por sorte, a criança sabia o telefone de casa e a administração do shopping pôde localizar a sua mãe. Surpresa, ela voltou pelo filho, que aguardava pela sua chegada enquanto desfrutava dos brinquedos do parque de diversões.

No terminal rodoviário de São Luís, a correria para não perder o horário da viagem faz com que muitos passageiros descuidem dos seus pertences. No setor de achados e perdidos da Rodoviária, há uma série itens: de documentos de identificação pessoal a cartões bancários, além de sacolas com diversos objetos de higiene pessoal e pertences infantis.

Segundo os funcionários do setor, malas completas também já ficaram na capital, enquanto os seus donos seguiram viagem. Casos mais pitorescos incluem a perda de uma dentadura e de uma caixa térmica com peixes, que nunca foram resgatados e por um tempo fizeram parte do acervo do terminal.

A média de permanência de cada item no local é de três meses, mas há objetos que permaneceram ali por mais de um ano (como a dentadura). Após esse período, alguns itens são descartados, enquanto outros são doados para moradores de rua. Pertences de maior valor ou utilização – como telefones celulares e notebooks – são normalmente resgatados em até 48 horas. Pias completas, pedras de mármore, ferramentas de construção civil e lentes de contato também figuram na lista de objetos ilustres.

“Eles voltam para buscar, principalmente quando é celular ou um objeto mais valioso – joias; normalmente, até no dia seguinte”. Todos os objetos são etiquetados com data, apartamento e descrição do objeto. Ali, esperam entre seis meses a um ano. Caso não sejam resgatados, os itens passam às mãos das camareiras que os encontraram. Entre algemas e isqueiros, são comuns roupas íntimas, documentos e bijuterias. Esses, recuperados com menor frequência.

Uma das camareiras conta, espirituosa, que a situação é delicada quando um cliente esquece o seu celular e o aparelho começa a receber ligações de contatos com o nome “amor”, “linda” ou “casa”. Por precaução e privacidade, as chamadas não são atendidas. Ela confessa, no entanto, que uma estagiária – por descuido – já atendeu a ligação. Do outro lado da linha, a esposa descobriu que o seu marido passou por ali sem a sua companhia. “O caso ficou por conta da gerência; o casório, por um fio”, diz.

Chaves de casa, escritório, carro, etc.

Carteira ou bolsa

Dinheiro e/ou cartões

Documentos

Crachá do trabalho

Relógio

Celular

Pen drive

Ali você deve colocar sua carteira, celular, as chaves, e sua agenda. Crie o hábito de deixar estes objetos ali sempre, para que possa facilmente pegar eles quando for sair.

Escreva grande para que possa conferir tudo quando for sair.

Nesse quadro, escreva as coisas que podem variar (dinheiro extra para pagar uma conta, pegar alguém, etc). Escreva as coisas assim que chegar em casa e revise elas também quando for sair.

Se sempre leva a bolsa, lancheira, carteira e chaves quando sai de casa, conte esses quatro objetos todas as vezes que sair.

Muitas vezes nós esquecemos de coisas porque não temos tempo para conferir tudo. Os relógios servem para nos lembrar e aguçar nosso senso de responsabilidade e trazer nossas mentes para o mundo real.

Transforme-se devagar no tipo de pessoa organizada que sabe onde está tudo. Mesmo se pessoas desorganizadas saibam onde está tudo, é mais fácil não esquecer nada se for organizado. Em um cômodo organizado, objetos fora do lugar ficam visíveis instantaneamente.