JOGOS OLÍMPICOS

Conheça a história da Tocha Olímpica

A chama olímpica chega a São Luís no próximo domingo. Desde a origem do percurso em 1936, 19 modelos de tochas percorreram o mundo

A Olimpíada do Rio 2016 se aproxima. Três cidades maranhenses receberão o tour da Tocha Olímpica: São Luís, Barreirinhas e Imperatriz. A primeira será a capital São Luís, no próximo domingo, 12 de junho, e 140 pessoas vão carregar a tocha. O percurso começa no Centro Histórico, na sede da prefeitura. Depois, seguirá para o bairro Anjo da Guarda, onde ficará por alguns instantes na Praça da Ressurreição. De lá, segue para uma parada na Universidade Federal do Maranhão. Da UFMA, a tocha irá até o bairro do Cohatrac, onde ficará na Praça Nossa Senhora de Nazaré. De lá, irá para o Turu.
A chama olímpica ainda será levada para a Praça do Pescador na Avenida Litorânea, Península da Ponta d’Areia e Lagoa da Jansen. O percurso vai terminar na Beira-Mar, na Praça Maria Aragão. Em cada parada haverá uma festa.
No dia seguinte, a tocha passará pela Região dos Lençóis, onde desembarca na cidade de Barreirinhas. No terceiro dia no Maranhão, o símbolo olímpico vai à Região Tocantina e deixará seu brilho em Imperatriz.
Tocha na Antiguidade
Ao contrário do que ocorre hoje, nas Olimpíadas Antigas o fogo possuía uma significação divina. Acreditava-se que ele havia sido roubado por Prometeus, dos deuses gregos. Assim, o fogo estava também contido em vários templos, em Olímpia. Este era sempre queimado em Olímpia, em honra a Hestia.
Nas Olimpíadas Antigas, que faziam honra a Zeus, eram acesos fogos adicionais no templo dele e ainda no de Hera, sua mulher. Ainda hoje, o fogo olímpico é aceso onde ficava o santuário de Hera.
Conheça o “fogo de Zeus”
O Fogo Olímpico, também intitulado de Tocha das Olimpíadas, é um dos mais importantes símbolos relacionado às Olimpíadas. A Tocha comemora o roubo feito do fogo de Zeus, o deus grego, através de Prometeus, e sua origem remonta à Grécia Antiga, na qual era conservado durante toda a celebração dos Jogos Olímpicos Antigos.
A Tocha Olímpica, que possui uma essência bastante antiga, voltou a fazer parte dos Jogos Olímpicos apenas em 1928, e, desde então, passou a fazer parte das Olimpíadas atuais. Já o percurso feito pela tocha foi trazido para os Jogos Olímpicos em 1936, mais precisamente nos de Berlim.
Nos dias atuais, o fogo Olímpico tem sua chama acesa muitos meses antes dos jogos, sendo isso feito em Olímpia, na Grécia, no local original dos Jogos Olímpicos Antigos. No momento, onde mulheres, que fazem a representação das sacerdotisas, encenam uma cerimônia onde a Tocha é acesa por meio dos raios solares concentrados através de um espelho .
O processo de revezamento que deve ser feito com a Tocha Olímpica acaba somente no dia anterior à cerimônia inaugural das Olimpíadas. O último representante que leva o fogo é, por meio da tradição, mantida em sigilo até o momento final e, quase sempre, é uma das celebridades esportivas do país que recebe as Olimpíadas. A pessoa faz uma breve corrida até a pira, que está disposta no lugar mais alto de uma escadaria, na qual é acesa. Após esse episódio, o fogo da Olimpíada arde na pira até o momento de ser extinto na cerimônia que encerra os Jogos Olímpicos.
A Tocha nos tempos atuais
Evolução das tochas olímpicas
O hábito moderno de levar o fogo olímpico por meio de revezamento que ia a partir de Olímpia até o lugar da Olimpíada teve início a partir das Olimpíadas de Berlim, somente em 1936. Ainda que em grande parte do tempo a chama seja levada por uma pessoa correndo, também pode ser conduzida de diversas maneiras.
Numa ocasião, em 1948, para atravessar o Canal da Mancha, a Tocha Olímpica passou a ser levada por um barco, sendo que em 1952 fora levada por aeronave, pela primeira vez, para chegar a Helsinque.
O procedimento de dar luz à pira olímpica após o revezamento do fogo na era moderna tem sido uma das mais emocionantes partes das Olimpíadas. Com o passar dos anos, cada uma das olimpíadas se supera nesse quesito, usando para isso formas mais originais e belas. Por exemplo, durante a cerimônia de início dos Jogos Olímpicos de Barcelona, em 1992, os espanhóis pretenderam fazer a inovação ao buscar colocar fogo na pira olímpica, porém, isso não foi feito de maneira usual, um arqueiro disparou uma flecha com a chama. Mas o melhor é que o que acendeu verdadeiramente a pira foi um dispositivo automático, já que a flecha passou mesmo pela parte de cima da pira. É a tecnologia a serviço das Olimpíadas.
Evolução das tochas olímpicas

Em 1994, a Tocha Olímpica chegou trazida por um saltador de esqui e foi um príncipe o responsável por acender a pira. Já em 2008, em Pequim, a mesma foi levada por Li Ning, que se encontrava suspenso por cabos, e dessa forma pode dar volta em cima do teto do estádio.

Há muitos anos antes, em 1980, em Moscou, o acendedor da pira subiu até ela por um caminho feito por meio de placas seguradas por jovens que formaram alguns painéis na festa de abertura.
Na cidade de Atenas, em 2004, foi a primeira vez em que a pira veio até o fogo para recebê-lo, e isso simbolizou a volta das Olimpíadas para suas origens, a Grécia. Nikolaas Kaklamanakis atravessou o corredor entre os atletas, e a pira se curvou para ser devorada pelo fogo.
Mas, apesar de todos os preparativos e ensaios, nem sempre as coisas correm a contento. Nos Jogos Olímpicos de 2000, realizados em Sidney, a estrutura que levava a parte de cima da pira travou, ficando suspenso por aproximadamente de três minutos, depois desse problema, a parte superior foi içada e a pira finalmente foi terminada.
Com o passar do tempo convencionou-se que o último dos portadores do fogo olímpico fosse um ex-atleta ou atleta famoso. O primeiro a ter o prazer de fazer isso, em 1952, foi o campeão Olímpico Paavo Nurmi. Dentre os últimos portadores do fogo estão Muhammad Ali e Michel Platini.
Em outras situações, as pessoas que levam o fogo nos estádios são comuns, porém, ainda assim demonstram os ideais olímpicos. Na Olimpíada no Japão, em 1964, o corredor Yoshinori Sakai nasceu na cidade de Hiroshima, exatamente no dia 6 de agosto de 1945, às 8h16, na hora exata em que a bomba nuclear se explodiu e causou a destruição daquela cidade. Com seus gesto acabou simbolizando o renascimento do Japão depois de tudo o que a II Guerra Mundial veio a acarretar.
Nos jogos de 1976, em Montreal, dois jovens, cada um de uma parte, ou seja, um anglófano e outro francófono buscaram simbolizar a união do país.
Já nos Jogos de 2010, em Vancouver, enquanto os atletas faziam o revezamento final e a pira olímpica se erguia, aconteceu um problema no sistema hidráulico que segurava três das partes que faziam a mesma se levantar. Mas a integrante desse lado agiu naturalmente e fez conforme fora combinado. Depois disso, a tocha acabou sendo trazida para fora do estádio e foi acesa a pira permanente que ali estava. Quinze dias mais tarde, a pira interna foi acesa, mas somente no encerramento do evento.
Uniforme de condutor
Uniforme de condutor

O uniforme de condutor da Tocha Olímpica é predominantemente branco — como uma representação da paz e união das diferentes culturas e povos do mundo, também presentes na diversidade do povo brasileiro. O amarelo simboliza a chama Olímpica que visitará cerca de 300 cidades brasileiras, envolvendo todo o país no clima da primeira edição dos Jogos na América do Sul. Por fim, a combinação de verde e amarelo é uma homenagem às cores predominantes na bandeira do Brasil.

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