Segurança

Sistema prisional capacita servidores para tratar dependentes químicos

A ação tem como foco a reinserção social dos internos do sistema penitenciário

Pelo menos 70 servidores do sistema prisional do Maranhão participam, nessa quarta, dia 11, e nesta quinta-feira, dia 12, do Curso de Capacitação Técnica para Tratamento de Detentos Dependentes Químicos, que está sendo ministrado na Academia de Gestão Penitenciária (Agepen). A ação tem como foco a reinserção social dos internos do sistema penitenciário.

Com carga horária de 16 horas, o curso foi destinado, especificamente, aos profissionais da equipe psicossocial da Secretaria de Estado de Administração Penitenciária (Seap). A equipe é formada por psicólogos e assistentes sociais que desenvolvem trabalhos com objetivo de resgatar usuários de drogas que adentram os estabelecimentos penais.

O curso está sendo ministrado pelo técnico do Departamento de Atenção à Saúde Mental da SES, Patrício Barros, que no primeiro dia falou sobre a importância da iniciativa. “Quanto mais conhecimento as pessoas tiverem sobre a atual conjuntura da política de saúde mental, álcool e droga, elas estarão melhor preparadas, técnica e humanamente, para cuidar dos custodiados”, disse.
“A capacitação busca oferecer, aos internos usuários de drogas, um atendimento ainda mais humanizado e garantir que os servidores tenham conhecimento para lidar com os detentos, buscando conscientizá-los sobre os efeitos nocivos das drogas em todas as áreas da vida, principalmente no cumprimento da pena”, explicou a supervisora do setor Psicossocial da Seap, Augusta Marinho.
Palestras como ‘Política Nacional de Saúde Mental’, ‘Álcool e outras Drogas’, ‘Conceitos Gerais de Dependência Química’, ‘Caracterização dos efeitos dos mais variados tipos de drogas’, dentre várias outras já foram ministradas aos servidores. O curso é resultado de parceria da Seap com a Secretaria de Estado da Saúde (SES), por meio do Departamento de Atenção e Saúde Mental.
A psicóloga Poliana Puckar explicou que as drogas estão associadas ao aumento dos crimes. “De certa forma, a droga está associada com a criminalidade e o interno sabe disso. Alguns têm o desejo de se tratar, mas não têm a oportunidade. Nossa função é garantir essa oportunidade, para que o interno consiga ter saúde e não reincidir na criminalidade”, lembrou a psicóloga.
SOBRE O PROJETO
As atividades com foco no resgate de presos dependentes químicos do sistema penitenciário do Maranhão dizem respeito ao projeto “Nova Vida, Não às Drogas”, idealizado pela Supervisão Psicossocial da Seap. O objetivo é oportunizar o processo de conscientização dos internos e seus familiares sobre os efeitos nocivos que a droga causa em todas as áreas da vida do usuário.
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