Mais de 1 milhão de candidatos vão disputar neste domingo uma das 950 vagas do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) em todo país. O concurso está entre os processos seletivos mais concorridos da história, ao lado do da Caixa Econômica Federal e dos Correios.

No Maranhão foram mais de 1300 inscritos que irão concorrer a quatro vagas. Em São Luís fizeram a inscrição 918 e Imperatriz, 432. Na capital ficaram 459 candidatos por vaga. Três pessoas com deficiência e 112 negros se inscreveram para a prova, mas não existem vagas especificas para ambos no Maranhão.

As oportunidades são para analista de seguro social, com salário de R$ 7.496,06, e para técnico de seguro social, com remuneração de R$ 4.886,87. Os 43.898 inscritos para o cargo de nível superior farão provas às 9h e os 999.826 de nível médio, às 14h em todas as capitais do país. 

Os candidatos, independentemente do cargo que disputam, terão três horas e meia para responder 120 questões. A prova terá 70 questões específicas e 50 de conhecimentos básicos. Das 950 oportunidades imediatas, 800 são para técnico e 150, para analista. Os dois cargos preveem jornada de trabalho de 40 horas semanais. Desde 4 de maio, os locais de prova estão disponíveis no site da banca organizadora Centro Brasileiro de Pesquisa em Avaliação e Seleção e de Promoção de Eventos (Cebraspe), antigo Cespe.

Com a concorrência alta, lidar da melhor forma com a ansiedade e nervosismo pode ser um diferencial para os candidatos. Planejar e programar são as palavras chaves para evitar o desespero na hora da prova. Para especialistas, o ideal é começar hoje a reunir os documentos e todo material necessário para o exame — caneta, roupa confortável, água.

É preciso lembrar que, para evitar sufoco de última hora, é preciso dormir cedo, acordar a tempo de tomar café reforçado — para os que fazem prova de manhã — e revisar tudo que vai levar para a prova. É bom não deixar para sair de casa na última hora, pois problemas de trânsito podem dificultar a chegada e aumentar o nervosismo.

As dicas de professores sobre manter o estudo na véspera divergem. Alguns acham que tirar o dia para descansar e atividades de lazer é o mais eficiente. No entanto, há quem considere a revisão de última hora fundamental para o bom desempenho, mas segundo eles, vai depender do perfil de cada candidato. “Vai da fisiologia de cada pessoa. Tem pessoas que rendem mais quando dão uma pausa e outras que tem melhores resultados se mantiverem a intensidade”, diz o professor Luciano Dutra de Direito Constitucional.

O professor Ivan Lucas de direito administrativo afirma que pode ser uma boa oportunidade para rever os detalhes da legislação previdenciária. “Até o fim da tarde, o estudante pode olhar os prazos e procedimentos estabelecidos da disciplina, já que tem muitas regras específicas”, sugere e lembra que 60% da prova corresponde a legislação previdenciária.

Tirar o dia de folga ou não vai depender do perfil de cada um, mas o candidato precisa levar em conta que, se não parar, pelo menos, na noite que antecede a prova, acabará descansando pouco e pode ser que não consiga enfrentar as quase quatro horas de prova. “Relaxe e respire fundo. Deu de estudos. Não adianta virar o sábado estudando e fazer uma péssima prova no dia seguinte”, indica Ivan.

O professor Dutra  diz que o chute pode ocorrer apenas quando você terminou a prova toda e percebeu que não teve o resultado satisfatório, mas é apenas para quem sabe que não está indo bem. “Se não atingiu uma posição mínima aí vire um atirador profissional e tente o máximo possível, mesmo que as chances sejam mínimas”, brinca.