O 1º Adote – uma tarde pela adoção, acontece no dia 28, e integra a agenda alusiva ao Dia Nacional da Adoção, data em que esse tema é discutido em todo o país. A programação incluirá contação de histórias, apresentações musicais, atividades infantis e exposição fotográfica. Também terá um caráter informativo, divulgando procedimentos relacionados à adoção legal.

A iniciativa é coordenada pelo AME, grupo de apoio à adoção recentemente criado em São Luís. É uma organização sem fins lucrativos que tem como objetivo trabalhar pela promoção do direito à convivência familiar e comunitária de crianças e adolescentes e pelo fortalecimento da cultura da adoção no Maranhão. O AME reúne voluntários que atuam no apoio a processos de adoção, na preparação de adotantes, no acompanhamento de pais adotivos no pós-adoção e na conscientização da sociedade sobre a legitimidade da família adotiva.

Um dos desafios em relação adoção é conciliar o perfil de crianças e adolescentes aptos à adoção e a expectativa dos pretendentes. Há um grande número de crianças maiores de 3 anos ou grupo de irmãos. Contudo, o perfil mais desejado ainda é bebês. Dados do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) indicam que, atualmente, o Cadastro Nacional de Adoção tem 35 mil pretendentes e cerca de 6,5 mil crianças e adolescente aguardando serem adotadas. Em São Luís a situação se repete. Há 96 pretendentes a adoção habilitados junto a 1ª Vara da Infância e 26 crianças e adolescentes disponíveis para adoção.

Outra questão é falta de informação em relação ao processo de adoção legal. Pesquisas indicam que apenas 35% dos interessados em adotar procurariam a Vara da Infância. Um dos desafios da AME é justamente apoiar no processo de orientação da comunidade. “A adoção é uma forma legítima de se tornar família e tem que ser incentivada. Temos que despertar para o abandono das crianças nas instituições de acolhimento, que estão passando vários anos sem família, gerando um impacto muito grande no seu desenvolvimento, destaca Abel Santanta presidente do AME.

Durante o evento uma exposição fotográfica irá retratar histórias de pessoas tocadas pela adoção. A partir do olhar de diversos fotógrafos e de depoimentos, a comunidade terá acesso a diversas experiências de vida.

Um das fotografadas é Rossane Carvalho e filho Leonardo. Segundo ela a adoção surgiu por um necessidade de exercer a afetividade materna. “Com a adoção me tornei mãe e tenho vivenciado o que significa compartilhar minha vida com alguém de maneira muito profunda”, declara Rossana.

Fotografos voluntários que estão expondo fotos: Thiago Gleria, Sabrina Dias, Flavia do Vale e Cássia Cinque.