Os coletivos feministas Atraque, baseado na UFMA, Fridas e outras mulheres maranhenses organizam uma plenária para discutir a “cultura do estupro” e ato na Praça Deodoro. A plenária terá lugar no Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional – Iphan, no Centro Histórico, neste sábado, dia 28, às 15h. O ato será na Praça Deodoro, e está marcado (previamente) para o próximo dia 3 de junho, às 16h.

As manifestações, plenária e ato em repúdio, respondem à indignação dos movimentos, e da comunidade em geral, sobre o recente caso de estupro coletivo de uma menor de 16 anos no Rio de Janeiro, drogada e abusada por mais de 30 homens na noite do sábado, dia 21.

Segundo a organização da plenária de discussão, será decidido como se dará o ato de repúdio. “A plenária decidirá como nos alinharemos para o ato, e qual será a participação de cada coletivo e de cada pessoa”, contou uma das organizadoras, Nayara Garcez. A reunião está restrita às mulheres, e de acordo com a organização, as decisões tomadas serão votadas por todas as presentes.

Segundo estatísticas do Fórum Brasileiro de Segurança Pública, no Brasil, a cada 11 minutos uma mulher é vítima de estupro no país. “O estupro está vinculado à cultura machista e misógina, que entende que os homens têm direito de ferir a mulher”, disse a diretora do FBSP e cientista social, Samira Bueno, em entrevista à IstoÉ.

Para a promotora de Justiça e coordenadora do Grupo Especial de Enfrentamento à Violência Contra a Mulher, do Ministério Público de São Paulo, Silvia Chakian, o caso ocorrido com a adolescente mostra a “certeza total de impunidade desses criminosos, que agem em grupo e que gravam e publicam a prórpria prova do crime que praticam”. O crime foi gravado em vídeo pelos agressores, postado e compartilhado nas redes sociais. Um deles mostra o próprio rosto.

Dos 33 homens que aparecem no vídeo, dois foram identificados pela polícia e presos.

O que: Plenária de discussão sobre a cultura do estupro e ato em repúdio

Quando: sábado, 28, às 17h

Onde: Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional – Iphan, Rua do Giz, Centro.

Quem pode participar: Mulheres de todas as idades.