MOBILIDADE

BRT Metropolitano pretende melhorar serviço de transporte e desafogar trânsito

O projeto tem como meta desafogar o trânsito na capital e nas vias que dão acesso aos municípios vizinhos, MAs e BRs que passam por área urbana

A região metropolitana de São Luís há décadas vem tornando os limites entre os três municípios menos evidentes e aumentando a necessidade de maior e melhor locomoção das pessoas que moram na Ilha. A busca de soluções passa, segundo especialistas, tanto pela melhoria das vias de acesso, quanto pela implantação de serviços de transporte público que atenda da melhor forma a população.
Um desses projetos é o BRT Metropolitano, de autoria da Agência Estadual de Transporte e Mobilidade Urbana – MOB, em parceria com outras secretarias, que tem como meta desafogar o trânsito na capital e nas vias que dão acesso aos municípios vizinhos, MAs e BRs que passam por área urbana.
Em conversa com O Imparcial, o presidente da MOB, o engenheiro Artur Cabral, contou mais sobre o projeto, que tem recursos do Governo Federal por meio do PAC Mobilidade Urbana. Segundo Cabral, a execução do projeto se dará em cinco etapas, sendo duas delas com início nos próximos meses.
“Iniciaremos a primeira etapa ainda em setembro. Serão feitas mudanças na Avenida dos Holandeses, Litorânea e Araçagi. A segunda etapa já tem recursos, só falta sabermos qual será a fonte, se Caixa ou BNDES. Nessa etapa serão feitas mudanças no Araçagi, na área do Alphaville, BR-135, Maioba e Uema. Teremos novas paradas de ônibus, e veículos maiores e mais confortáveis. Faixas de ônibus realmente exclusivas e sistema de catracas já nas paradas”, contou Artur Cabral.

“Iniciaremos a primeira etapa ainda em setembro. Serão feitas mudanças na Avenida dos Holandeses, Litorânea e Araçagi. A segunda etapa já tem recursos, só falta sabermos qual será a fonte, se Caixa ou BNDES. Nessa etapa serão feitas mudanças no Araçagi, na área do Alphaville, BR-135, Maioba e Uema. Teremos novas paradas de ônibus, e veículos maiores e mais confortáveis. Faixas de ônibus realmente exclusivas e sistema de catracas já nas paradas”, Artur Carvalho, Presidente da MOB

A escolha de começar pela Avenida dos Holandeses, segundo a Agência, se deve pela maior facilidade de aplicação das mudanças. “Das etapas, essa é a que tem menos problemas de desapropriação”, contou. A etapa seguinte, do Alphaville, no Araçagi, até a Forquilha “é a mais complicada, por conta da faixa de ocupação. O elevado da Forquilha, por exemplo, nesse momento, é inviável, qualquer obra pararia o trânsito, que não tem pra onde ser desviado”, explicou. Para Cabral, o projeto BRT Metropolitano será a primeira obra “estrutural realmente grande desde o Anel Viário, que foi feito ainda na gestão do prefeito Aroldo Tavares. Desde então, nenhum sistema estruturante que facilite a circulação das pessoas foi feito”, lembrou.
Principais mudanças
BR Metropolitano
Entre as mudanças, estarão a implantação de tráfego de mão única, novas paradas de ônibus, ciclovias, nova pavimentação.
As etapas seguintes ainda não têm projetos finalizados, apenas áreas de foco, sendo a terceira etapa abrangendo a Holandeses, a rotatória da PM, São Francisco e Anel Viário; a quarta etapa trará reformas que vão do Anel Viário e Porto do Itaqui; já a quinta, e última etapa, otimizará o trânsito entre o Porto do Itaqui e a BR-135.
Um dos problemas recentes do trânsito na capital, apontou o gestor da Agência, é o engarrafamento que se forma na saída de Via Expressa para o Shopping da Ilha. Segundo ele, o órgão tem pensado em soluções. Quando questionado se a Via Expressa seria mesmo subutilizada, como, por exemplo, pela falta de ônibus circulando no local, Cabral aponta que já houve uma linha do ônibus “Expresso Metropolitano”, mas que foi retirada pela “insegurança para passageiros” e o fato de que o projeto não se interliga com outras ações.
“O BRT Metropolitano é uma sequência de etapas. Tem de haver um plano maior que se complete, o que não se faz em um só governo, mas que alguém tem de começar”, disse. Todo o projeto, que inclui ainda um sistema de sensor entre os sinais de trânsito e os ônibus, para que esses sempre tenham passagem livre, deverá ficar pronto em até oito anos. “Algumas fases ficarão prontas em menos tempo que outras e algumas estarão sendo aplicadas simultaneamente. Para a primeira etapa, estimamos 24 meses, quando várias vias do Calhau serão modificadas para facilitar o acesso entre a Holandeses e a Litorânea”, ressaltou.
Segundo Cabral, cada etapa será autossuficiente, contando ainda com a construção de mais três terminais de integração de ônibus metropolitanos, um no Araçagi, um na Forquilha e um no Itaqui, além de estações menores e paradas pré-embarcadas. “Alguns trechos com BR e MA ganharão características de vias urbanas, com iluminação, calçadas e arborização”, completou Artur Cabral.
Todo o projeto contempla calçadas e ciclovias, dois itens essenciais para a aplicação de qualquer recurso do PAC Mobilidade Urbana. Para o Maranhão, o recurso está disponível desde 2013. A primeira etapa contará com R$ 160 milhões, sendo R$ 90 milhões recursos de financiamento do FGTS, com 10% de contrapartida do Governo do Estado, além de R$ 60 milhões do Orçamento Geral da União, também com 10% de contrapartida estadual.
O sistema de compra de passagens nos ônibus também sofrerá mudanças, mas a Agência reforça que tudo será devidamente explicado aos usuários quando de sua aplicação, como o sistema de bilhetagem automática, e integrado entre os ônibus do sistema municipal e metropolitano, integrando ainda passagem para ferryboat e barcos.
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