Segundo a Portaria Nº 003, de 12 de janeiro de 2016, da Agência Estadual de Defesa Agropecuária do Maranhão (Aged), que disciplina a entrada de aves vivas adultas tipo frango de corte no estado, a resolução visa combater o abate clandestino e organizar a cadeia produtiva das aves no Maranhão. A fiscal agropecuária da Aged, Maria de Lourdes Fernandes, explica que a medida vai facilitar o controle higiênico sanitário por meio das fiscalizações em barreiras fixas e volantes. “Frangos de descartes e de frangos aptos para o abate serão fiscalizados e, dependendo do caso, retornarão ou não. Nós teremos como resultado direto a garantia de ter um produto de qualidade circulando aqui dentro”, esclareceu.
Conforme o presidente da Agência, a portaria responde a uma queixa antiga dos produtores da avicultura por um disciplinamento da entrada de frangos de outros estados e vai garantir tanto o acesso a produtos de maior qualidade quanto o desenvolvimento agropecuário maranhense. “A Aged disciplina todo o trabalho que nós fazemos. É fundamental que a essa portaria entre em prática e, para isso, a gente conta com o papel da Aged”, reforçou o presidente da Associação dos Avicultores do Maranhão (Avima), José Augusto Monteiro, durante a solenidade de lançamento do Plano de Industrialização da Avicultura pelo Governo do Maranhão.
Fortalecimento da inspeção
Além da Portaria Nº 003/2016, a Agência Estadual de Defesa Agropecuária conduziu o inquérito soro epidemiológico para Newcastle e Influenza Aviária, em 11 granjas do estado, e vem desenvolvendo trabalhos de registro de granjas de frango de corte. “Hoje, nós já temos 27 granjas registradas, temos 19 em processo de registro e, dentro de poucos dias, todas as Unidades Regionais devem fazer uma fiscalização desse trabalho”, revelou a fiscal agropecuária Daniela Rios.
O presidente da Aged, também, mencionou os projetos de construção de 10 abatedouros no Maranhão e cinco frigoríficos com inspeção estadual em fase de instalação. “Hoje, só 2% da nossa população consome carne com inspeção e, no término dessas instalações, vamos ter mais de 80% da população consumindo carne inspecionada. Nós estamos dando condições para que a população se alimente sem nenhum problema de contaminação”, enfatizou Sebastião Anchieta.