Em 1º de maio de 1926 nascia o jornal O Imparcial. E, junto a ele, o prestígio. É um dos jornais mais antigos em circulação, prestes a completar 90 anos de existência. Em comemoração às nove décadas, o jornal escolheu seu novo selo comemorativo, caracterizado pela inovação, tecnologia e transparência. O selo é baseado na história do impresso e o que seus leitores representam, que abrange fortemente a evolução pelas quais o veículo passou ao longo desse tempo, trazendo para a marca a união entre o analógico e o digital.
Após uma seleção apurada com vários candidatos para escolha do novo selo, o vencedor foi o design Jesiel Sales Pontes. Ele falou sobre o processo de criação da arte e que critérios foram utilizados para conceber sua obra: “Eu utilizei a história do jornal, e pensei muito no antes, de como era antigamente, o analógico transformado para o digital. Eu criei e fiz algo que pudesse mostrar o que o selo diz. Fiz com que a imagem mostrasse a alma do jornal, toda essa história, uma imagem que apresente aquilo que realmente se quer mostrar”.
A imagem escolhida irá estampar os materiais promocionais do jornal durante todo o ano de 2016. Para Jesiel, a escolha da sua arte é de muita importância e satisfação. “Eu me sinto muito lisonjeado por ter conseguido chegar a esse padrão, pois uma comemoração de 90 anos é mais do que importante”, enfatiza.
Importância do concurso
O diretor de Gestão e Novos Negócios do grupo O Imparcial, Pedro Henrique Freire, falou da importância dos 90 anos do jornal e seu desenvolvimento com o passar dos tempos. “O selo legitima uma força de tradição e registra, simbolicamente, que 90 anos é importante porque revela o processo de evolução ao qual estamos submetidos. Adptados às novas tecnologias e evoluindo junto com a nova era da informação, adotamos novas plataformas de mídia e ditamos tendências nas redes sociais. Eu fiquei feliz pela escolha, pois o selo foi muito bem construindo e captou esse momento, onde a informação de qualidade reina absoluta, independentemente da plataforma. Seja ela no papel, no celular, no computador, em formato de vídeo, de áudio ou de texto…. o que prevalece é a informação confiável e bem apresentada”.
O superintendente de Produção e Conteúdo, Celio Sergio, falou da organização do concurso e da importância de ser aberto ao público profissional da área. “A escolha do selo do jornal e a escolha de fazer o selo foi o pontapé inicial da comemoração dos 90 anos. A ideia de fazer um concurso foi justamente chegar-se à classe que trabalha com isso, que é o que queremos fazer este ano. Vários eventos que aproximam as pessoas dos interesses do veículo. Tivemos dezenas de participantes, onde ficaram três para a final e acabamos por ficar com esse belíssimo selo do Jesiel Sales”. Por último, o diretor-presidente Pedro Freire deu as considerações finais a respeito do aniversário do veículo: “90 anos significam uma consolidação no mercado. É um jornal que sempre preservou a imparcialidade, como o próprio nome diz, e tem uma grande importância para o estado do Maranhão. A gente vem com um processo de adaptação com as novas tecnologias, acompanhando todo o sistema na parte de impressão, pré-impressão e, acima de tudo, no aspecto editorial, e assim, consolidando uma maneira inovadora de se fazer jornalismo”, finaliza.
A concepção
O ponto de partida da criação do selo em comemoração aos 90 anos do jornal “O Imparcial” baseia-se na tríade: “INFORMAÇÃO, TECNOLOGIA e TRANSPARÊNCIA”, formando o tripé deste meio de comunicação.
Baseado na história do jornal e o que seus leitores representam, o selo criado em comemoração aos 90 anos do jornal “O Imparcial” compreende as transformações pelas quais o meio de comunicação evoluiu ao longo dos seus 90 anos, desde o analógico até os dias atuais, o digital.
Quanto ao selo, lê-se, claramente, “90 anos”, formado por duas grandes bobinas de papel interligadas (processo de impressão), onde cada uma se subdivide em três reforçando a ideia dos cadernos que compõem suas edições, dando-nos o conceito de agilidade e dinamismo, formando ao mesmo tempo o símbolo do infinito, mostrando que a busca pela informação deve ser incessante, verdadeira, rápida, transparente e infinda.
Sendo ainda que a evolução tecnológica propiciou a propagação e formação de uma organização de comunicação, na qual as interfaces homem-máquina-ambiente interagem, o que provoca, entre outros aspectos, mudanças no processo de comunicação no meio digital e impresso, pois o transmissor pode ser também receptor e vice-versa (jornal x leitor), influenciando outros receptores por meio de retroconexão. Esta transição do meio analógico para o digital (desde o colhimento da informação até a impressão e distribuição), está representada por três faixas de pixels que se juntam formando as bobinas e, por conseguinte o número “90”, o que nos remete também aos mais diferentes tipos de displays digitais para a informação, sejam os mesmos responsivos ou não.
O Vencedor
Jesiel Sales Pontes é design de informação, com especialização em Informática na Educação, Design Estratégico Avançado e Design Gráfico. Possui ainda Mestrado em Design e Produtos Multimídia. Já foi diretor de arte e participou diversas vezes do Prêmio Rádio Universidade como melhor projeto gráfico de CD, tendo como exemplo o CD do cantor César Nascimento, “Ilha Magnética”, que foi um dos últimos trabalhos de projeto gráfico produzido.
Também fez projetos gráficos para os cantores Gabriel Melônio e Rosa Reis, além de muitas marcas conhecidas no mercado. Trabalhou na produção de projeto gráfico dos livros do autor Meirelles Junior: “Entre o céu e a terra”, “400 anos luz” e “Sobre São Luís”.
Banca de seleção
A banca de seleção para a escolha dos selos foi composta por quatro jurados. Entre eles, o radialista Stênio Kavasaky, que é graduado em direito e pós-graduado em Gestão Pública; o professor pós-doutor do curso de Comunicação Social da Universidade Federal do Maranhão, José Ferreira Júnior, que possui experiência na área de comunicação, com ênfase em Jornalismo e Editoração, atuando nos seguintes temas: jornalismo, semiótica, linguagem, design gráfico e literatura; o professor assistente do Departamento de Desenho e Tecnologia e bacharel em Desenho Industrial da Ufma, Márcio Guimarães, que também é especialista em artes visuais e mestre em design; e o professor de Publicidade e Propaganda da Faculdade Estácio de Sá e publicitário, Guilbert Macedo.
Para o radialista Stênio Kavasaky, o selo escolhido representa uma junção do passado com o atual, e que a imagem está muito bem representada pela sua criatividade. “Participar da escolha desse selo foi de grande valia pra mim. A criatividade, a emoção que a figura representou, foi muito bem articulada, consegue uma junção muito boa do analógico com o digital, e foi uma decisão unânime, então, será bem usada”.
“A marca traz uma leitura retrô que é muito interessante, e isso está muito na moda, no cinema, está tudo muito ligado a esse estilo retrô, e a marca traz isso sem também perder a tradição, sem perder efeito. Ele conseguiu juntar essas duas coisas, o novo e o antigo. O jornal tem um histórico, tem toda uma tradição, mas também tem a modernidade, mesmo que pareça conflituoso, conseguiu casar muito bem”, comentou Guilbert Macedo. O professor pós-doutor José Ferreira Júnior enfatizou que a marca traz um estilo retrô e original, e será bem proveitosa para o veículo. “A imagem traz um estilo retrô, mas está bem propícia para este momento do jornal. A mistura do digital com o analógico representa um jornal que não perdeu suas características, mesmo com a modernidade”.
Finalizando, o professor de design, também da Universidade Federal do Maranhão, falou sobre o que o selo vai passar para as pessoas que acompanham o jornal diariamente. “Eu achei muito bacana a proposta. Ele soube utilizar bastante da criatividade. Só enfatizando o que os colegas já falaram, dá pra se aproveitar muito bem o selo como é a proposta”. Comenta.
O concurso foi aberto ao público e participaram 55 pessoas, dentre elas, alunos e professores relacionados à área de publicidade design e comunicação.
