SAÚDE

Força-tarefa contra o Aedes aegypti

Profissionais da Força Estadual e do Plano de Enfrentamento da Epidemia de Dengue iniciaram as atividades nos 217 municípios maranhenses com o intuito de reduzir os indicadores negativos

Flávio Dino ressaltou para as autoridades a importância da Força Estadual de Saúde durante  solenidade
“Nós estamos hoje avançando em dois projetos que são fundamentais para nós compreendermos o sentido da palavra mudança”. Com essa declaração, o governador Flávio Dino anunciou, na manhã de ontem, em solenidade no Palácio Henrique de La Rocque, o início das atividades da Força Estadual de Saúde do Maranhão (Fesma) nos 30 municípios que integram o Plano ‘Mais IDH’ e a implementação das ações do Plano de Enfrentamento da Epidemia de Dengue, Chikungunya e Zika vírus nos 217 municípios maranhenses.
Para Flávio Dino, a Fesma tem a característica fundamental de marcar uma mudança de paradigmas, com o papel fundamental de diminuir as desigualdades sociais e cumprir o preceito de justiça social. A Força Estadual de Saúde é um programa que integra o Plano ‘Mais IDH’ para reverter indicadores de saúde como morbimortalidade infantil e materna, taxas de internação por complicação de doenças crônicas e controle de endemias negligenciadas.
O governador explicou que, por meio de processo seletivo público, 120 profissionais foram contratados, treinados, capacitados e irão para as 30 cidades com menor IDH do Maranhão contribuir para a atenção básica. “Nós temos a convicção que o engajamento desses profissionais próximos às redes municipais de saúde garantirão indicadores de saúde e de qualidade de vida mais adequados para o estado nos próximos anos”, enfatizou.
Em seu discurso, Flávio Dino destacou que os profissionais da Força estão inseridos em uma experiência pioneira que está sendo observada por todo o Brasil e pela Organização das Nações Unidas (ONU). “Há uma expectativa de que isto dê certo. E depende de nós provermos os meios. Mas depende, acima de tudo, da vontade, determinação, daquele sentido missionário. Vocês terão a gratidão do povo do Maranhão”, ressaltou.
Projeto piloto da força
O secretário de Saúde, Marcos Pacheco, divulgou que, em 2014, 97 crianças menores de um ano morreram nos 30 municípios do ‘Mais IDH’. Em 2015, esse número caiu para 69, e a meta é que em 2016, com a atuação da Fesma, esse número tenha mais um decréscimo de 25%. “A nossa meta é que crianças não morram mais de causas evitáveis. Se assumirmos o compromisso de reduzir, vamos marcar nosso compromisso com a vida”, enfatizou.
Ele explicitou ainda que, em 2015, o governo fez um projeto piloto da Força com seis equipes e que, a partir da exitosa experiência, o governador Flávio Dino decidiu integrar a atenção básica no Plano de Ações ‘Mais IDH’. “Nós somos o único estado do Brasil que tem aquilo que a gente chama de Força Estadual de Saúde permanente, porque os outros estados tem a Força, mas só atuam em épocas de catástrofes ou em épocas de epidemias. A nossa vai atuar permanentemente”, reiterou o secretário.
O médico André Reis participou do projeto piloto da Força Estadual de Saúde ano passado, em Pedro do Rosário, prestou o processo seletivo, foi aprovado e agora sua missão será na cidade de Araioses. Para ele, o principal papel da Fesma é no atendimento constante da população. “Isso se reflete justamente pela prática dos profissionais ficarem nos municípios de segunda a sexta-feira, as 40 horas semanais. Isso é imprescindível para se fazer saúde”, evidenciou.
Ele avaliou, a partir da experiência em 2015, que a Força desenvolve um legado para a população e para as equipes de saúde que trabalham nos municípios. “Além disso, são profissionais treinados, que passaram por capacitação para atender essa população de uma maneira digna e plena”, frisou o médico.
Plano de Enfrentamento
Anunciado pelo governador Flávio Dino durante a cerimônia local da ‘Mobilização Nacional de Combate ao Aedes aegypti’, no último dia 13 de fevereiro, o Plano de Contingência para o Enfretamento da Epidemia de Dengue, Zika vírus e Chikungunya no Maranhão tem o objetivo de dar uma resposta rápida às situações de saúde pública relacionadas a essas doenças por meio do fortalecimento das ações de combate ao mosquito Aedes aegypti.
O governador esclareceu que o combate ao Aedes é uma necessidade permanente e o Estado precisa adotar ações estratégicas de combate. “Nós precisamos combater o problema atual tal como ele se encontra, as emergências atualmente existentes e preparar para que nos próximos anos a gente tenha indicadores ainda melhores do que aqueles que nós estamos verificando aqui”, disse.
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