Alerta

Chuvas e lixo intensificam epidemias causadas pelo Aedes aegypti

A superlotação das unidades de saúde do estado e do município, como também da rede privada, mostra um aumento significante da proliferação de doenças

Focos de mosquito Aedes

O acúmulo de lixo com as chuvas frequentes tem contribuído para que o mosquito transmissor de doenças como dengue, zika vírus e chikungunya amplie e se prolifere. A região central de São Luís, já atinge o maior índice com 57% dos casos de infestação.

O controle da vigilância epidemiológica de São Luís aponta que de janeiro até o mês de março foram notificados 620 pacientes com dengue, 495 com o vírus zika e 377 com a febre chikungunya. Os dados são do Levantamento Rápido de Infestação do Aedes aegypti e revelam as regiões com maior índice de infestação, que já é de 1,7% em toda cidade.
No Centro, os bairros do Retiro Natal, Vila Passos, Lira, Belira, Goiabal, Coreia de Cima, Coreia de Baixo e Areinha ocupam 5.7% das infestações. Os bairros do Monte Castelo, Alemanha, Apeadouro, Ivar Saldanha e Caratatiua possuem o mesmo percentual. Na Cidade Olímpica, são 5.6% de notificações, já a Cidade Operária possui 4.5% de registros. A região da (Vila Embratel, Piancó, São João da Boa Vista, Outeiro, Primavera e São Raimundo), possuem 3.67 % de casos de infestação.
Focos
O perigo mora ao lado e nos recipientes artificiais, como pneus, latas, vidros, garrafas, vasos de flores, pratos de vasos, caixas de água, lajes, tonéis, latões, cisternas, piscinas, tampinhas de garrafas, bebedouros de animais, objetos e materiais velhos e já inutilizáveis descartados a céu aberto pela população e espalhados pelas chuvas nas ruas e avenidas da capital.
Em contrapartida, a população reclama de imóveis fechados ou abandonados, e notificam a prefeitura. “Algumas dessas casas ainda se encontram com caixas d’água, que, por ser um importante reservatório para proliferação do mosquito, oferecem risco à saúde dos moradores da área. Já os pneus, alguns são jogados pelas calçadas, indicando a falta de conscientização’, explica a idosa Maria do Carmo, de 68 anos, que reside no Bairro do Lira ( Centro). Ela foi vítima do vírus zika. “Eu fiquei muito fraca. Além da febre, eu senti muita dor nas juntas e vermelhidão nos olhos, com coceira e manchas na pele”, lembra.
Epidemia
Epidemia mosquito e doenças

A superlotação nas Unidades Sentinelas (Unidade Mista do Bequimão e Hospital da Criança), Socorrinhos nos bairros do (São Francisco e Cohatrac) e as Unidades Mistas do Coroadinho, Itaqui-Bacanga, Bequimão e São Bernardo, além das redes estaduais e privadas de saúde, atendem aos pacientes com suspeita, realizando a coleta de sangue específica para a sorologia. A lotação destas unidades indica o crescimento significativo de um público formado por crianças, idosos e gestantes.

“Adentrando ao quarto mês do ano, estamos com uma demanda exorbitante de denúncias”, relatou a coordenadora de Vigilância Epidemiológica, Karoane Vieira, que alertou: “É importante que todos cuidem de suas casas, pois não é possível que somente a fiscalização dos agentes de endemias atenda a uma população com mais de um milhão de habitantes. As visitas e abordagens educativas, nebulização espacial (fumacê) nas casas, ruas e em locais suspeitos, como borracharias, cemitérios, entre outros locais de risco, existem para somar e contribuir para a meta do Ministério da Saúde”.
VER COMENTÁRIOS
Polícia
Concursos e Emprego
Esportes
Entretenimento e Cultura
Saúde
Mais Notícias