SÃO LUÍS

Morador de rua é assassinado a pedradas no Centro Histórico

O crime aconteceu nessa quarta-feira, dia 30. O morador teve a cabeça esmagada por pedradas

Morador de rua morto
Morador de rua foi assassinado no antigo prédio do Serviço de Imprensa e Obras Gráficas do Estado (Sioge), no Centro Histórico de São Luís.
O crime aconteceu nessa quarta-feira, dia 30. A vítima teve a cabeça esmagada a pedradas. O Sioge está abandonado, servindo de moradia e ponto de uso de drogas para moradores de rua.

Segundo informações fornecidas pelo soldado Menezes, da Polícia Militar, a vítima foi atacada por um golpe de pedra enquanto dormia no prédio abandonado, o que afundou parte do seu crânio. O crime foi reportado em uma chamada ao Centro Integrado de Polícia e Segurança – Ciops, às 7h40 da manhã. Por volta das 9h30, as equipes da Polícia Civil e do IML chegaram ao local.

De acordo com o delegado Joviano Furtado, da 1ª Delegacia de Polícia do Centro, as informações preliminares apontam para o envolvimento da vítima com o consumo de drogas. Ainda assim, ele alega que é precipitado afirmar que esta é a razão principal do assassinato, garantindo que “apenas, após serem realizadas as investigações devidas, teremos conclusões mais precisas”.

Comerciantes e moradores da região afirmam que Júnior era vigilante de veículos e passou a viver no prédio abandonado do Sioge há pouco mais de dois meses. Apesar de ter um comportamento peculiar, não é do conhecimento dos seus companheiros a existência de rixas com públicas com qualquer pessoa.

“Ele era brincalhão, sempre estava ‘mexendo com a gente’, às vezes ficava zangado e ‘puxava a faca’ pra algum… mas era só na brincadeira. Ele nunca machucou ninguém aqui”, afirma Maria Goreth, que também vive nas imediações do Mercado Central.

Perigo recorrente

Este é o terceiro caso de morte na sede do Sioge nos últimos cinco meses. Em outubro de 2015, outro morador de rua – conhecido como Lourinho – foi assassinado com pelo menos cinco facadas. No início do mesmo mês, um caixão com um bebê morto foi encontrado no local.

O prédio do Sioge é parte do patrimônio do da Universidade Federal do Maranhão, doado pelo governo estadual no ano de 2014. Múltiplos projetos de reforma foram anunciados pelas administrações municipal e estadual nas últimas décadas. A mais recente data de 2014, quando o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional chegou a assinar a ordem de serviço do projeto executivo.

Procurado, o Iphan informou que a obra é de responsabilidade da Universidade Federal, e que sua função foi a de mediar a obtenção dos recursos para a execução dos reparos. Em chamada telefônica, o instituto afirmou que o financiamento provém de créditos de licenciamento ambiental e arqueológico de atividades da Petrobras.

Sobre o abandono do prédio, a Universidade Federal do Maranhão manifestou que “o projeto está em fase de licitação e deve acontecer em um prazo de 15 dias”. Em relação à segurança no local, a resposta da Universidade foi que “Questão de segurança pública compete ao Governo do Estado, a segurança privada é para proteger o patrimônio da Universidade”.

VER COMENTÁRIOS
Polícia
Concursos e Emprego
Esportes
Entretenimento e Cultura
Saúde
Negócios
Mais Notícias