Concha Acústica da Lagoa da Jansen está depredada e abandonada
Local que foi construído para ser palco de atrações culturais na Lagoa da Jansen está em condição precária e sofre com ações de vândalos. Sema afirma que licitação deve ser feita em março
Tudo que tem acontecido com o local, que tinha tudo para ser um dos palcos de várias atrações culturais, é repercutido com lamentos pela população. Luíza Azevedo, que visitou o local por um bom tempo, fala que está muito triste com a situação da concha, que foi frequentada ativamente por ela.
“É muito triste ver um local que você gostava tanto de frequentar nessa situação. Falta conscientização tanto das pessoas quanto da parte do governo. Tenho amigos que vinham comigo e que também lamentam tanto quanto eu. Temos que cobrar, temos que nos unir e fazer um movimento. Só uma pessoa não basta, falta união”, comenta.
O local é extenso, o que facilita o acúmulo de sujeira. É possível ver pneus, sacos e muita água acumulada. A área está tomada pelo mato e a estrutura possui muitas rachaduras. Na frente, onde ficavam os quiosques, não se vê mais nem os comerciantes que vendiam água de coco. Eles fecharam seus estabelecimentos e desistiram do negócio.
De acordo com a Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Recursos Naturais (Sema), existe um projeto de recuperação que já está em fase de elaboração. Trata-se do projeto de reforma de Concha Acústica da Lagoa da Jansen. A obra deverá ser licitada até o final de março de 2016.
O descaso não se resume a Concha, pois a pista onde as pessoas costumam fazer caminhadas também encontra-se em situação precária. Um buraco cavado em uma obra ao lado está atrapalhando quem passa pelo local, além do mato espalhado no meio da pista, que, com o tempo sem ser retirado, já está criando raízes.
Segurança
Outro problema que prejudica o passeio na Lagoa é a falta de segurança. Durante a noite, alguns pontos não são iluminados, deixando assim as pessoas mais vulneráveis a assaltos. Milena Silva, que costumava fazer passeios pela noite, não frequenta mais a pista nesse horário, pois, segundo ela, já foi alvo de assaltantes.
“Eu costumava passear à noite por lá, já fui assaltada duas vezes e deixei de ir. Agora meus passeios pela pista são pela manhã, pois o fluxo de pessoas é maior e me sinto mais segura”, afirmou.
Pra completar o quadro caótico, na tarde do último domingo (13), um homem identificado como Francisco José de Sousa Abrigido, de 37 anos, foi flagrado levando o resto do telhado que ainda sobra da estrutura da Concha com ajuda de Ubenilson Fonseca, um morador de rua, que reside perto do local.
O policiamento na região também é reforçado com rondas permanentes. A SSP também alertou para que, em casos de atitudes suspeitas, a população acione a polícia através do canal de denúncias, o telefone 190.