REQUALIFICAÇÃO

Projeto urbanístico da Rua Grande visa também a qualificação do comércio

A obra orçada em R$ 28 milhões está prevista para iniciar agora em março e com prazo de término em 18 meses

São Luís já sente os impactos da crise econômica

A Superintendência estadual do Instituto de Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan-MA) reuniu comerciantes e convidados para audiência pública na Associação Comercial do Maranhão (ACM), na última semana, com objetivo de apresentar a versão final do Projeto de Requalificação Urbanística da Rua Grande. O Sebrae, juntamente com a ACM, a Câmara de Dirigentes Lojistas de São Luís (CDL) e o Sindicato das Indústrias da Construção Civil do Estado do Maranhão, o Governo do Estado e a Prefeitura Municipal de São Luís são os principais parceiros institucionais do Iphan na obra orçada em R$ 28 milhões, prevista para iniciar agora em março e com prazo de término em 18 meses.

O projeto urbanístico da Rua Grande integra as obras do PAC Cidades Históricas. “Somente neste projeto estarão sendo utilizados 20% do total do recurso do PAC Cidades Históricas liberado para o Maranhão. Isso porque entendemos que este é o principal corredor de comércio do Centro de São Luís e necessita de uma série de melhorias, além disso, estamos pensamos de uma maneira mais macro quanto à revitalização do Centro Histórico da capital maranhense”, colocou o superintendente do Iphan-MA, Alfredo Costa.

A obra de requalificação da Rua Grande inclui a retirada dos paralelepípedos e o nivelamento total da via. Sem calçadas e com piso todo em granito de alta resistência, será construído um sistema de drenagem para escoar a água na parte central da rua. Uma nova rede de esgotamento sanitário será implantada, assim como toda a fiação elétrica e telefônica ficará embutida – os postes existentes serão retirados e colocadas arandelas (luminárias suspensas) fixas nos imóveis para melhorar a estética do local e valorizar a beleza dos casarões.

De acordo com o projeto do Iphan, a Rua Grande não terá mais calçadas e o piso será em granito de alta resistência

Todo o projeto foi concebido para que seja acessível aos portadores de necessidades especiais e os equipamentos serão instalados de modo a permitir que, em caso de emergência, ambulâncias e outros veículos do tipo possam se deslocar com facilidade. A rua também contará com novo sistema de iluminação, sinalização, lixeiras, jardineiras e bancos espalhados longo de toda rua.

Além dos representantes dos principais parceiros institucionais do Iphan na obra, estiveram presentes ao evento na ACM as empresas consorciadas, responsáveis pela elaboração do projeto e execução do mesmo, assim como representantes da Caema, Cemar, Corpo de Bombeiros e de demais órgãos envolvidos.

Gestão da loja e da obra

No final do ano passado, o Sebrae firmou parceria com o Iphan para contribuir com a sua expertise na estruturação e capacitação das cadeias e elos produtivos em algumas obras de responsabilidade do Instituto. A ideia do Iphan é que, ao entregar as obras à comunidade, estas realmente sejam aproveitadas em benefício da população.

“No caso do projeto de revitalização da Rua Grande, o Sebrae vai direcionar os trabalhos para a formalização de empreendedores, incluindo os ambulantes e capacitação de lojistas e funcionários para melhorar a gestão e o atendimento ao cliente. Assim como teremos uma nova Rua Grande no aspecto urbanístico, a relação entre lojista e consumidor final também deve acompanhar essa mudança e primar por mais qualidade”, apontou o diretor superintendente do Sebrae no Maranhão, João Martins, acrescentando que a instituição também focará sua atuação na obra em si, junto ao segmento da construção civil.

“Executamos desde o ano passado um projeto de encadeamento produtivo no segmento da Construção Civil na Região Metropolitana de São Luís, tendo como um dos grandes parceiros o Sinduscom. Portanto, além da gestão das lojas, a nossa contribuição incidirá, direta ou indiretamente, na gestão da obra, colaborando com fornecedores de serviços e produtos para garantir melhor desempenho e maior qualidade no cumprimento do que foi licitado”, explica Martins.

Impactos no comércio

Diante da preocupação dos lojistas com o acesso dos consumidores às lojas durante o período de obras e a manutenção de uma infraestrutura que assegure o funcionamento da atividade comercial na via, o presidente da Câmara de Dirigentes Lojistas de São Luís, Fábio Ribeiro, destacou na audiência pública na ACM a importância da parceria de todos com o Iphan.

“Sabemos que o ano é de crise e que teremos impactos no movimento desse importante corredor comercial da cidade durante esses 18 meses de obra. Mas o benefício após a revitalização será de todos. Por isso, cada lojista deve se adaptar e trabalhar durante a reforma na certeza de que, ao final, teremos um grande shopping a céu aberto, com toda a infraestrutura e digno da nossa cidade e sua população”, argumentou.

Após a última audiência pública junto aos lojistas para aprovação final, o Projeto de Requalificação Urbanística da Rua Grande segue, agora, para a fase de licenciamento. Segundo a logística do Iphan, a obra será executada de quadra em quadra para minimizar os impactos tanto para os lojistas quanto para os consumidores. “Caso os licenciamentos dos órgãos competentes saiam ainda este mês de fevereiro, as obras já começam no mês de março impreterivelmente”, garantiu o superintendente do Iphan, Alfredo Costa.

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