GRANDE SÃO LUÍS

Fronteiras de bairros e vias da Grande Ilha geram reclamações

Contas duplicadas de Iptu, luz e água, além da falta de assistência por parte dos órgãos públicos, têm deixado moradores sem saber a quem recorrer sobre os problemas do bairro

Fronteiras de bairros e vias da Grande Ilha geram reclamações

Confusão! Algumas avenidas que ligam São Luís e São José de Ribamar são alvos de muitas discussões entre moradores e prefeituras. Habitantes do local reclamam da falta de respeito por parte dos órgãos públicos, que não lhes dão assistência quando o assunto é a divisão das vias. Umas das Avenidas que causam muitas dúvidas e reclamações dos moradores é a Rua da Vitória, localizada no Bairro do Turu Velho, divisa com o Parque Vitória.

Os moradores afirmam receber contas referentes aos municípios de São José de Ribamar e de São Luís, e, quando aparece algum problema, ficam no impasse sem saber a quem recorrer. Márcio Eduardo, 29 anos, trabalha em uma borracharia que fica exatamente localizada nessa divisa. Ele conta que já houve muita confusão por parte das prefeituras e que ainda há muito a resolver.
“Já aconteceu muito de querermos resolver problemas de estrutura, de contas de água, luz e não sabermos a quem recorrer. Se vamos para uma prefeitura, nos mandam para outra. Ficamos sempre nesse impasse e acho que isso não vai se resolver tão cedo”, desabafa o morador.

Foto: Honório Moreira/OImp/D.A Press.


Honório Moreira/OImp/D.A Press

Osnar, morador do Parque Vitória, recebe o IPTU da cidade de São José de Ribamar e luz e água de São Luís

Outro caso é o do seu Osnar Henrique, que teve seus documentos duplicados. O endereço que consta no IPTU é referente a São José de Ribamar, mas as contas de água e luz são da capital. “Eu sempre recebo as contas desse jeito. O IPTU e conta da prestação da casa sempre vêm com endereço de Ribamar e as outras, com endereço de São Luís. É uma falta de respeito com a gente, nós vivemos jogados, feitos animais de rua, sem ter como resolver nossos problemas. E essa falta de respeito para conosco nos prejudica bastante. Gostaríamos que eles olhassem para nós e vissem o quanto somos necessitados”.

Os moradores já fizeram diversos protestos na mesma avenida, mas afirmam não ter recebido nenhum retorno. Ficando à mercê de muitos problemas que, com o passar do tempo, só pioram. Quem sofre também com a mesma situação são os moradores da Avenida Principal da Vila Flamengo, próximo ao Socorão II, na Cidade Operária. Muitos alegam que vivem em um constante conflito.
A professora Maria Vitória Duarte disse que recebe contas referentes aos dois municípios, e que não sabe como resolver isso. “Eu pago impostos para os dois municípios, presto contas com os dois, e isso tudo me confunde bastante. Aqui no bairro, até para taparem um buraco, é uma complicação, ninguém quer se responsabilizar e fica um jogando para o outro”.
Outra situação complicada aos moradores, além das contas com endereços diferenciados para uma mesma casa, é a falta de estrutura das ruas, como asfalto fino, buracos, iluminação pública, e uma série de outros fatores em que a imprecisão torna-se mais frequente a cada dia. No momento em que alertam para a situação, dificilmente são atendidos.
Na avenida central, no bairro do Cohatrac, os moradores já chegaram a juntar dinheiro para asfaltar a rua.
Segundo dona Maria de Jesus, de 56 anos, várias vezes não souberam a quem acionar, pois o momento em que apelam para uma, são jogados para outra, e, assim, seguem com o descaso.
“Para tentar resolver o nosso problema, juntamos a vizinhança para poder colocar concreto na nossa rua. Teve uma época que mandaram ajeitar, mas colocaram uma camada tão fina que não passou mais de dois meses, e nunca mais ninguém apareceu. O primeiro asfalto quem colocou fomos nós, aí vieram e colocaram por cima, mas até agora não adiantou nada. Na época, acionamos a Prefeitura de São Luís, mas disseram que não era com eles, e, sim, com a Prefeitura de São José de Ribamar. A mesma não se manifestou. A gente até chega a desistir de pedir algo, e acabamos por viver assim mesmo, como podemos”, desabafa.
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