Uma situação um tanto quanto inusitada aconteceu no bairro do São Francisco, em São Luís. O artista visual João Almeida fez uma intervenção no prédio onde funcionava uma agência dos Correios do bairro, mas o proprietário do prédio não aprovou a pintura.

Em entrevista, o artista explicou que o trabalho se trata de uma tipografia, que é uma técnica de impressão em bases diversas. “Para a atualidade, a tipografia continua sendo a criação de fontes (letras), mas a sua aplicação pode ser diversa. Como artista visual eu utilizei meus conhecimentos de tipografia para criar uma intervenção urbana que leva frases de amor para espaços diversos da cidade. É característico do meu projeto, eu não solicito autorização dos espaços urbanos, mas tenho consciência do que pode gerar minhas intervenções.”

O proprietário do prédio, o empresário Marcelo Pereira Muniz, entrou em contato com João por meio de rede social, informando que não aprovou a intervenção. Eles chegaram a um acordo amigável, para que a pintura fosse removida da fachada do prédio. 

“Ele não pode fazer isso! Nem em espaço público, nem no privado, porque não é dele. Ele não tem autorização. Ele quer transformar o mundo em uma tela pra ele. Não tenho nada contra o artista, ele só não pode fazer isso”, contrapôs Marcelo.

Para resolver o impasse, João Almeida convocou alguns amigos para realizar outra intervenção – Apague um Artista – para apagar a obra e deixar o  local com o aspecto de antes.