TEMPO

Devido ao El Niño, Maranhão terá poucas chuvas em 2016

As previsões são de chuvas isoladas, curtas e fortes, principalmente entre os meses de abril e maio

Foto: Karlos Geromy/OImp/D.A Press.


Karlos Geromy/OImp/D.A Press

Este ano, as regiões Norte e Nordeste serão mais afetadas pela escassez de chuvas e chuvas isoladas do que nas outras regiões do Brasil

O período chuvoso no Maranhão em 2016 será de poucas chuvas com distribuição de forma irregular e não regular, em pontos diferenciados, devido ao fenômeno El Niño, não descartando temporais e ventanias com trovoadas repentinas. As características são de chuvas isoladas, curtas e fortes, mas concentradas em curto período de tempo, principalmente entre os meses de abril e maio.

Para a meteorologista Andrea Cerqueira, do Nugeo – Núcleo Geoambiental da Universidade Estadual do Maranhão (Uema) -, as rajadas de ventos, decorrentes das pancadas de chuva, são previstas para o período e já apresentaram sinais, como na chuva da madrugada de 1º de janeiro do ano de 2016. “Ventos como estes poderão ser mais frequentes e chegando acima de 80km/h, assim como o efeito do contraste térmico, que também já se manifestou devido à temperatura quente da Região Nordeste, na qual a temperatura entre as duas superfícies, continente e mar entram em contraste, ocasionando chuvas isoladas. Em dezembro de 2015, a expectativa de chuva para o ano era de 77,4 milímetros, porém, com o El Niño, caiu para 11 milímetros”, explicou a meteorologista.
Segundo Andrea Cerqueira, o período chuvoso no Maranhão começou em dezembro de 2015, porém, os primeiros sinais se manifestaram apenas no mês de janeiro, característica natural da região, ocasionando as oscilações no clima da capital São Luís.
Já o ciclo do fenômeno El Niño vária entre sete anos. O fenômeno consiste no aquecimento das águas acima da média, causan­do mudanças no padrão do ven­to e quebrando suas células, é um fenômeno global que afeta cada região de maneira indivi­dual, com características dife­rentes. Fator principal que inibe a ocorrência de chuvas dentro da média. O fenômeno 2015/2016 tem a previsão de alterar o pa­drão das chuvas atrapalhando o período, disse a meteorologista.
Escassez de chuvas por conta do El Niño
Este ano, as regiões Norte e Nordeste serão mais afetadas pela escassez de chuvas e chuvas isoladas do que nas outras regiões do Brasil, a exemplo da Região Sul, em que será o inverso, ou seja, ocorrendo o excesso das chuvas, por conta da circulação da atmosfera. Tais consequências são decorrentes do fenômeno El Niño que se formou no ano de 2015, período em que as chuvas foram mais frequentes do que se prevê para 2016.
Já a nebulosidade do clima é decorrente de um fenômeno meteorológico chamado Vórtice Ciclônico de Altos Níveis, como explicou a meteorologista Andrea Cerqueira. “Esse fenômeno ocorreu nos últimos dias, trazendo uma nebulosidade específica (mais estratificada), que faz com que os dias fiquem parcialmente nublados, com nuvens de aparência baixa e acinzentadas apresentando chuviscos. Essa é uma característica da sensação de abafamento’’, acrescentou a meteorologista. De acordo com Andrea Cerqueira, é como se a nebulosidade intensa bloqueasse a passagem de radiação que a terra emite e faz com que as pessoas sintam uma sensação de clima abafado. Já a sensação de aquecimento é frequente e natural do clima da região.
VER COMENTÁRIOS
Polícia
Concursos e Emprego
Esportes
Entretenimento e Cultura
Saúde
Mais Notícias