A primeira fábrica de chinelos do Complexo Penitenciário de Pedrinhas, instalada na Casa de Detenção (Cadet), começou a funcionar na manhã da última segunda-feira, 21. Inicialmente, 16 detentos estão trabalhando na produção das sandálias, cuja estima é que, por dia, sejam feitos, em média, 150 pares. O empreendimento representa mais uma das ações do governo do Maranhão com foco na profissionalização dos apenados.
A iniciativa é fruto de parceria da Secretaria de Estado de Administração Penitenciária (Sejap) com empresa privada do ramo de produção de calçados, que doou todo maquinário necessário para a confecção do material. Além disso, a empresa deu treinamento aos internos de como usar o maquinário.
“A empresa deu todo o suporte técnico, desde o maquinário até a capacitação necessária para que os internos pudessem desenvolver o trabalho de forma adequada. A proposta é capacitá-los para o mercado de trabalho e, sem dúvida, contribuir no processo de ressocialização deles”, contou Amaury Chaves, técnico de implantação das oficinas.
A fábrica de chinelos está funcionando, num primeiro momento, com 20 internos. No entanto, a proposta é que esses detentos ensinem outros custodiados o correto manuseio da máquina. Além da capacitação profissional, os internos ainda ganharão remição de pena, pois, a cada três dias trabalhados, é contabilizado um dia a menos na pena. A expectativa é que, com aumento da demanda, os chinelos produzidos com mão de obra carcerária sejam comercializados em lojas de calçados da cidade. Simples e barata, a matéria-prima usada é o EVA, espécie de placa de borracha muito usada na fabricação de chinelos.