JUSTIÇA

Nova perícia é realizada no caso Brunno Matos

O perito Sérgio Hernandez foi contatado para verificar todos os detalhes das perícias realizadas pela Polícia Técnica maranhense

Caso Brunno Matos

Perito criminal renomado confirma perícias realizadas pelo Instituto de Criminalística do Maranhão, no assassinato do advogado Brunno Eduardo Soares Matos, ocorrido na madrugada do dia 6 de outubro de 2014, após a festa de comemoração da eleição do senador Roberto Rocha, realizada no comitê da campanha, no bairro do Olho d’Água. Foram acusados da prática delituosa Carlos Humberto Marão Filho, Diego Polary e o vigia José João Nascimento Gomes.

O perito Sérgio Hernandez Saldias, de nacionalidade chilena, e renomado internacionalmente e no Brasil, pelos trabalhos realizados em casos criminais emblemáticos como o da morte da mãe do menino Bernardo, no Rio Grande do Sul, e outros, foi contratado pela família do advogado morto Brunno Matos, para efetivar levantamentos técnicos para verificar todos os detalhes das perícias realizadas pelos peritos da Polícia Técnica maranhense.
Em entrevista coletiva concedida quarta-feira, dia 25, no escritório Goulart Sauaia & Saad, no Renascença II, Sérgio Hernandez confirmou que perícias técnico-científicas confirmaram que Humberto Marão, Diego Polary e o vigia José João estavam no local do crime, mas que a facada que matou o advogado Brunno Matos foi desferida por Diego Polary, conforme material biológico coletado na faca que o referido empunhava, em exame de DNA.
Disse Hernadez que as diligências que realizou e levantamentos efetivados em material recolhido confirmam o trabalho da Polícia Técnica do Maranhão e o complementa com outras informações como a de que a faca que matou o advogado Brunno não foi a mesma que feriu seu irmão Alexandre Soares Matos e o amigo Kelvin Kim Chiang. A faca do vigia João José foi utilizada para ferir apenas Kelvin Chiang, confirmação adquirida através do exame de DNA, afastando a possibilidade de que o referido teria sido o autor da facada que matou o advogado Brunno. Dessa forma, ficou provado que as vítimas foram lesionadas com facas diferentes.
Caso Brunno Matos
Sérgio Hernandez Saldias disse que nada teve a contestar das perícias realizadas pela polícia maranhense e que o seu trabalho vai apenas corroborar com o trabalho já realizado, enriquecendo com as provas científicas que coletou técnicamente. Ele disse ainda que a reprodução simulada dos fatos, feita pelos peritos do Icrim do Maranhão, confirmaram o que foi apurado no inquérito policial e no processo criminal e confirmaram a presença de Diego Polary no local do crime.
Os advogados Rafael Moreira Lima Sauaia e Melhem Ibrahim Saad Neto, que atuam como assistentes do Ministério Público, contratados pela família do advogado morto Brunno Matos, afirmaram que sugeriram a vinda do perito Sérgio Hernandez não para contestar o trabalho da Polícia Técnica maranhense, mas para tirar dúvidas e enriquecer o processo com novas provas científicas, o que foi conseguido com a efetivação do exame de DNA, em objetos perfuro-contuso e comparados com material coletado das vítimas.
O crime
A confusão que culminou com o assassinato do advogado Brunno Eduardo Soares Matos e lesões graves em seu irmão Alexandre Soares Matos e no amigo Kelvin Kim Chiang teve início com uma discussão sobre o alto volume de um sistema de som, usado nas comemorações da eleição do senador Roberto Rocha. No auge da altercação, as partes partiram para o desforço físico, culminando na tripla conduta delituosa.

Inicialmente, Carlos Humberto Marão Filho foi apontado como o principal suspeito do crime. Posteriormente, o vigia João José Nascimento Gomes assumiu a autoria do crime, afirmando na polícia que não lembrava a ordem dos fatos, mas que teria sido ele quem desferira os golpes de faca nas vítimas. Porém, em seguida, foi até à sede da Ordem dos Advogados do Brasil-Seccional do Maranhão e negou a autoria do crime, afirmando que havia sido coagido por um advogado a assumir a autoria e que, para isso, teria recebido a importância de R$ 4,9 mil para declarar-se culpado. Todos os três acusados já foram pronunciados a júri e aguardam em liberdade o julgamento.

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