IMPROVISO

Gambiarras são um risco para imóveis históricos

Corpo de Bombeiros constatou que “gambiarras” oferecem risco de incêndio aos imóveis tombados pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) no Centro Histórico de São Luís

Uma fiscalização realizada pelo Corpo de Bombeiros, no Centro Histórico de São Luís, constatou que a maior parte da rede elétrica dos casarões que fazem parte do conjunto arquitetônico da cidade foi feita de forma clandestina. As famosas gambiarras estão presentes em praticamente em todos os imóveis da área tombada pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan). A ação identificou que os imóveis apresentam-se com irregularidades, principalmente, os privados, dos quais, a maioria está abandonada por seus proprietários, que deixaram de fazer manutenção adequada, o que, de acordo com o subdiretor das atividades técnicas do Corpo de Bombeiros, Wellington Soares Araújo, pode ser um dos fatores iminentes para os riscos de incêndios nestes locais. 
O subdiretor afirmou  que é bastante comum, durante as vistorias, encontrar fiação exposta, fios desencapados, tomadas conectadas a vários aparelhos eletrônicos, além de outras irregularidades que podem provocar um curto-circuito que pode ocasionar incêndios. “Quando a instalação da rede elétrica é malfeita, ela leva o risco de incêndio. A gente recomenda que toda a parte elétrica destes imóveis que são tombados pelo patrimônio histórico seja feita por um profissional responsável. Recomendamos também que as pessoas tenham cuidados e que, antes de sair do local de trabalho, desliguem os aparelhos como forma de prevenção”, ressaltou.
Wellington Araújo afirmou ainda que a situação é mais preocupantes nos casarões privados onde são comuns as “gambiarras”. O subdiretor acrescentou que a situação é complexa, pois a maioria desses prédios encontra-se com problemas em ordem judicial, onde é difícil penalizar os responsáveis por essas propriedades ou até mesmo adentrar nestes locais. “Fazemos regularmente as vistorias, mas nos casarões privados a situação é mais complexa, pois há uma burocracia. A maioria está em disputa judicial. Muitos estão nos inventários e, por conta disso, não sabemos a quem responsabilizar, o que provoca uma dificuldade, que acaba prolongando uma ação de fiscalização”, concluiu Wellington Araújo.
Gambiarras em casarões do Centro
Sobre a instalação da rede elétrica em imóveis pertencentes à área do Centro Histórico de São Luís, a Companhia Energética do Estado (Cemar) informou à reportagem de O Imparcial que a manutenção das instalações elétricas internas dos imóveis é de responsabilidade das pessoas físicas ou jurídicas donas das unidades consumidoras. A Cemar informou, por nota oficial, que é responsável somente pelo fornecimento da energia elétrica que é realizada pelas redes de distribuição, conforme as regras da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) e do Setor Elétrico Brasileiro. Ou seja, se limita ao ponto de entrega, ao ponto de conexão com a unidade consumidora de energia elétrica, estabelecido na resolução da Agência Nacional de Energia Elétrica Aneel nº 414/10.
O Corpo de Bombeiros destacou que nos casarões utilizados pelo estado são desenvolvidos projetos de reformas, que visam prevenir incêndios e riscos de desabamentos.
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