SEM RECURSOS

Consórcio solicita paralisação de obras de duplicação da BR-135

Dnit afirma que obra está 75% concluída e o restante demandaria um montante de R$ 100 milhões, sendo que R$ 60 milhões já estão garantidos

Foto: Gilson Teixeira/OIMP/D.A Press .


Gilson Teixeira/OIMP/D.A Press

Obras estão inacabadas ao longo na BR-135, no trecho que liga a capital São Luís ao município de Bacabeira

“Ainda não está definida se a obra vai parar ou não. O consórcio de empresas que executa a obra solicitou a paralisação, mas a solução será apresentada somente na próxima quinta-feira em uma reunião dos empresários com a direção nacional do Departamento Nacional de Infraestrutura e Transporte, em Brasília”. A informação é do superintendente do Dnit, no Maranhão, Gerardo de Freitas Fernandes, referindo-se à possível paralisação das obras de duplicação da BR-135 no trecho correspondente ao campo de Perizes até Bacabeira. Ele disse que a empresa construtora reclama do atraso no pagamento no prazo de 120 dias e exige o pagamento para que possa retomar os trabalhos. A primeira etapa seria inaugurada em dezembro próximo com a presença da presidente Dilma Rousseff.

Segundo Gerardo de Freitas Fernandes, a obra está 75% concluída e o restante demandaria um montante de R$ 100 milhões e mais sete meses de serviços, em ritmo normal, sendo que R$ 60 milhões já estão garantidos e ainda precisaria assegurar mais R$ 40 milhões no Orçamento da União de 2016. “A obra foi iniciada em setembro de 2012 e a previsão de conclusão era para setembro de 2014. Foi adiada para dezembro de 2015 e, mais uma vez, devido à queda de arrecadação do governo federal sofrerá um novo adiamento”, acrescentando que o dinheiro já está garantido, o problema seria o atraso no pagamento.
Gerardo Fernandes informou que a parte mais cara da obra seria a fundação no Campo de Perizes, local onde já foram concluídos 18 quilômetros, faltando apenas a pavimentação. E que dos 27 quilômetros que levam até à cidade de Bacabeira, nove quilômetros estão prontos.
Gerardo Fernandes acredita que, com a conclusão de toda obra no trecho de Campo de Perizes, deixarão de ser registrados acidentes ali, visto que a incidência maior é de colisão frontal, o que não vai mais acontecer, pois, nas ultrapassagens, os veículos não terão mais como bater de frente. Isso fará com que muitas vidas sejam preservadas.
Paralisação de obras repercute na assembleia
A possível paralisação das obras de duplicação da BR-135 repercutiu na Assembleia Legislativa do Maranhão. O presidente da Comissão de Obras e Serviços da Assembleia Legislativa, deputado estadual Vinicius Louro (PR), deliberou em audiência pública realizada na última quarta-feira (18), no auditório do Plenarinho, atendendo à solicitação do deputado Eduardo Braide, que quer levar a Comissão a Brasília para tratar com o ministro dos Transportes a situação da obra de duplicação da BR-135, que está seriamente ameaçada de paralisação. A audiência contou com a presença dos representantes do Dnit, superintendente Gerardo de Freitas, o coordenador de Administração e Finanças, Antônio Lúcio, coordenador de Engenharia, Glaucio Henrique e dos deputados Eduardo Braide (PMN) e Wellington do Curso (PPS).

Em seu discurso na tribuna, no dia seguinte, o deputado Eduardo Braide (PMN) fez um relato da audiência pública realizada, no Plenarinho, pela Comissão de Obras e Serviços Públicos da Assembleia Legislativa. “Fico triste com esta notícia que vou dar agora: de forma oficial, a duplicação da BR-135 não será mais entregue em dezembro deste ano como havia sido afirmado pelo Dnit. E o mais preocupante, perguntado ao superintendente sobre o novo prazo de entrega, ele nem quis mais estabelecer uma data. Ele simplesmente disse o seguinte: ‘Precisa de mais 180 dias’. Ou seja, seis meses após o reinício das obras, elas estão praticamente paralisadas. E o porquê disso?”, questionou.

Eduardo Braide afirmou que a empresa que ganhou a licitação para executar o trecho, que se chama de primeiro trecho da duplicação da BR-135, está há quatro meses com pagamento atrasado por parte do governo federal. A obra, que já chegou a ter 800 trabalhadores no seu canteiro, agora tem tão somente 20 operários.
O parlamentar frisou que o Dnit deu a informação de que recursos financeiros em torno de R$ 60 milhões estão empenhados, mas que, além da liberação destes R$ 60 milhões que já estão assegurados, ainda falta conseguir assegurar mais R$ 40 milhões. Portanto, são necessários R$ 100 milhões ainda, para que a obra do primeiro trecho da duplicação da BR-135 possa ser finalizada. Após conceder apartes aos deputados Vinícius Louro (PR), Júnior Verde (PRB) e Wellington do Curso (PPS), o deputado Eduardo Braide encerrou seu discurso acrescentando a informação de que a segunda etapa da obra, que agora foi unificada e está em um lote só, indo de Bacabeira até Miranda, está com um custo estimado em torno de R$ 200 a R$ 250 milhões.
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