As ações foram intensificadas após o registro de dois riscos de naufrágios que ocorreram na semana passada. O primeiro dia 20, em São Luís, próximo ao Espigão da Ponta d’Areia, e o outro dia 26, na região do município de Raposa, onde uma embarcação ficou por horas à deriva. Um oficial que estava de plantão e que não quis se identificar por não estar autorizado a falar em nome do órgão apenas ressaltou à reportagem de O Imparcial que a equipe da Capitania dos Portos está realizando constantes fiscalizações nesses locais. O intuito, segundo ele, é evitar novos acidentes. E que as operação de fiscalização são sempre feita neste período do ano, devido ao fluxo maior de lanchas, motos aquáticas e outras embarcações com finalidade turística nestas localidades.

Entre os principais aspectos verificados pelos oficiais da Marinha, estão a habilitação dos condutores, a documentação da embarcação, o material de salvatagem (coletes e boias), os extintores de incêndio, as luzes de navegação, a lotação e o estado da embarcação.

O trabalho da Capitania inclui ações de presença em entidades náuticas e colônias de pescadores, o apoio a eventos esportivos e culturais, bem como a realização de palestras educativas para divulgar as principais normas de segurança da navegação.

A falta de fiscalização nas embarcações do estado repercutiu na última terça-feira (24) na Assembleia Legislativa do Maranhão. O deputado estadual José Inácio cobrou fiscalização por parte das autoridades marítimas nas embarcações. O parlamentar solicitou uma reunião, para que houvesse mais rigor na vistoria. Em seu discurso, José Inácio também chamou a atenção principalmente da Marinha.

Acidentes em alto mar

No dia 20 de novembro, houve o naufrágio de um Catamarã, na Baía de São Marcos. Nele havia aproximadamente 50 passageiros, sendo que a capacidade do veículo é de 33 pessoas. Não houve vítimas fatais. Está aberto um inquérito administrativo para saber o motivo do naufrágio, mas as autoridades suspeitam que seja o excesso de passageiros. O prazo para a conclusão do caso é de 90 dias.

Equipes da Capitania dos Portos, Corpo de bombeiros e Marinha que fizeram o reboque das pessoas alegaram que o catamarã estava muito cheio e que vão tomar todas as providências. Já no dia 26, uma embarcação ficou à deriva no município de Raposa, região metropolitana de São Luís. Segundo informações, os pescadores estavam à deriva desde o meio-dia e só foram resgatados horas depois por uma equipe do Centro Tático Aéreo. Os dois também foram resgatados com sucesso e não houve vítimas fatais. A equipe da Capitania dos Portos também está averiguando o caso. A equipe de reportagem de O Imparcial entrou em contato com a Capitania dos Portos para mais esclarecimentos sobre as vistorias, mas até o fechamento desta edição não obteve respostas.