ARTIGO

Resiliência

Na vida como no trabalho, estamos constantemente enfrentados a cobranças, cumprimento de metas, de prazos, trabalho em equipe, gestão de conflitos, desenvolvimento de competências, etc. O ambiente organizacional de hoje é um ambiente hostil, carregado de adversidades. Nesse contexto, as competências são extremamente importantes. Precisamos desenvolver a nossa comunicação, nossas capacidades sociais de trabalho em […]

Na vida como no trabalho, estamos constantemente enfrentados a cobranças, cumprimento de metas, de prazos, trabalho em equipe, gestão de conflitos, desenvolvimento de competências, etc.
O ambiente organizacional de hoje é um ambiente hostil, carregado de adversidades. Nesse contexto, as competências são extremamente importantes. Precisamos desenvolver a nossa comunicação, nossas capacidades sociais de trabalho em equipe, nossa proatividade, flexibilidade, maleabilidade, criatividade, etc.
Para humanizar o ambiente organizacional e criar um clima favorável, uma das características mais importantes nesse aspecto é a resiliência.
A resiliência pode ser defendida como a arte de ser flexível, ou a capacidade do indivíduo lidar com problemas, superar obstáculos ou resistir à pressão em situações adversas sem se abalar emocionalmente. É a capacidade de suportar as crises e as adversidades e de recuperar-se. É um processo dinâmico que envolve adaptação positiva em um contexto extremamente adverso.
A palavra veio do latim “resílio” que significa voltar ao estado natural. Ela foi criada em 1807 pelo cientista inglês Thomaz Young, que fazia estudos sobre a elasticidade dos materiais. O termo foi incorporado em seguida pela física para designar a capacidade que os materiais têm de acumular energia quando submetidos a um esforço e, cessado o esforço, retornar ao seu estado natural sem sofrer deformações.
É o que acontece por exemplo com a vara no salto em altura. Quando o atleta toma impulso para saltar, a vara se curva, acumula energia, projeta o atleta para cima e depois retorna ao seu estado normal.
Assim, na física, o termo caracteriza materiais capazes de se recuperar após impactos. O termo foi incorporado pela psicologia na década de 70 para explicar fenômenos psicossociais de indivíduos, grupos ou organizações que superam situações adversas.
O conceito ganhou popularidade após a queda das torres gêmeas em 2001, com a distribuição de cartilhas estimulando a população à superação da tragédia e onde o termo foi bastante utilizado.
Na era da mudança, mais de que nunca temos de ter resiliência, ou seja, ser fortes e maleáveis para enfrentar o dia a dia. Essa habilidade ou inteligência tem de ser despertada e praticada tanto na vida pessoal como na vida profissional.
Este conceito se opor à sabedoria convencional que alega que um trauma precoce ou severo não pode ser desfeito. Apesar de parecer uma característica inata, quase um dom, pesquisas recentes comprovarem que a resiliência pode ser treinada sim.
Estima-se que o ser resiliente adoece menos, toma decisões mais acertadas, assume riscos controlados, trabalha melhor em equipe e consegue assumir mais responsabilidade. De fato, por ter maior equilíbrio emocional, ele consegue usar suas habilidades e interagir de forma mais amigável com as pessoas.
No mercado de trabalho, como também em outras áreas, a resiliência pode fazer a diferença no perfil profissional. Trabalhos na área de Recursos Humanos, mostrarem que os profissionais são atraídos por fatores preponderantes como as condições de trabalho, seguido do clima organizacional, programas de qualidade de vida, existência de uma boa liderança e a participação nos lucros e resultados da organização. Pela surpresa de todos, esses fatores aparecem na frente do fator salário.
Geralmente, as pessoas entram motivadas na organização, porém, pela falta de uma boa liderança, pelas más condições de trabalho, falta de qualidade no relacionamento humano e, principalmente, ausência de perspectivas promissoras, elas se desmotivam rapidamente.
Neste contexto profissional, quanto mais resilientes foram os profissionais, haverá mais humanização, menos doenças e mais desenvolvimento pessoal será alcançado.
Para aumentar a capacidade de resiliência, é preciso que tenhamos em mente bem claro nosso projeto de vida e que sonhamos com ele; praticar métodos de relaxamento e meditação; praticar esporte para aumentar o ânimo e a disposição (os exercícios aumentam a endorfina e a testosterona que proporcionam a sensação de bem-estar); manter o lar em harmonia (isso é fundamental para sua recuperação); buscar ampliar os conhecimentos (para aumentar a autoconfiança); ser otimista; visualizar sempre um futuro bom; ter o senso de humor (para desarmar os pessimistas); refletir sobre a nossa relação com o dinheiro; permitir de sentir a dor, recuar na hora certa e até enfraquecer às vezes, para em seguida retornar ao estado original ; tornar-se um sobrevivente e se armar positivamente para o ambiente profissional. Assim, os problemas, os desafios, e as adversidades tornam-se oportunidades. Viemos na vida para aperfeiçoar.
É preciso também ouvir o corpo (estudos mostram que aparelhos de biofeedback contribuem para o aumento da resiliência); conversar com as pessoas e buscar grupos de apoio ou de lazeres; traçar metas; aceitar os problemas e sentir dor quando necessário; ser generoso; pensar nas coisas boas; cuidar da saúde; saber que a vida não é fácil, mas que vale a pena ser vivida.
É importante buscar refletrir sobre o tema e ter atitude. A resiliência é uma combinação de fatores que nos propicia forças para enfrentar a adversidade e superar problemas e isso nos dar uma grande inteligencia e maturidade emocional.
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