ARTIGO
O terrorismo vai ou não sentar praça?
Dentro da civilização ocidental constata-se, hoje, que três círculos de ferro cada dia mais agridem e comprimem segmentos dessa civilização: Estado liberal, Sociedade e Família, aos quais correspondem respectivamente, como agressores, terrorismo, drogas e agenda gayzista. Pretendo hoje ocupar-me do terrorismo, tendo em vista fatos que estão ocorrendo em Brasília. O Brasil, como sabemos, é […]
Dentro da civilização ocidental constata-se, hoje, que três círculos de ferro cada dia mais agridem e comprimem segmentos dessa civilização: Estado liberal, Sociedade e Família, aos quais correspondem respectivamente, como agressores, terrorismo, drogas e agenda gayzista.
Pretendo hoje ocupar-me do terrorismo, tendo em vista fatos que estão ocorrendo em Brasília.
O Brasil, como sabemos, é o único país do bloco ocidental que ainda não possui uma lei penal específica atinente aos crimes do chamado terrorismo, em especial aqueles ligados ao terrorismo internacional. A causa dessa inópia legislativa deve-se unicamente à atuação negativa dos partidos de esquerda, no Congresso, que em sua notória determinação política tudo fazem para impedir que o ordenamento jurídico nacional seja apetrechado de um instrumento legal tão necessário e urgente.
Parece inacreditável que congressistas de inescondível coloração ideológica adotem posição tão hostil ao Estado brasileiro e por extensão à própria sociedade. Essa posição, por óbvio, significa dizer que as esquerdas não admitem que sejam opostos empeços legais à atuação do terrorismo. Por essa política tão criminosa quanto o próprio terrorismo, este deve continuar a ser definido, investigado, processado e punido ainda segundo os padrões das leis atuais reconhecidamente lenientes e ineficazes no combate ao mal.
Essa afirmação, tão fácil de ler, talvez choque e escandalize o ingênuo leitor ainda resistente em alimentar alguma simpatia pela sinistra, ideologicamente falando.
Vamos então aos fatos. O projeto de lei que tipifica o Terrorismo já se encontra no Senado depois de aprovado na Câmara dos Deputados. E logo a galera esquerdista já começou a tocar seu realejo de sempre.
Alguns ilustres, que se dizem “defensores de direitos humanos”, já publicaram documentos protestando contra a aprovação do projeto. São eles, entre outros, a psicanalista Maria Rita Kehl, famosa desde quando integrou a malsinada Comissão da Verdade. Lembre-se o leitor de ter sido, com base no Relatório final dessa Comissão, que o Governo do Maranhão vai apagar de logradouros públicos o nome de militares que supostamente tenham participado de atos de repressão durante o regime de exceção. Tudo puro revanchismo esquerdista.
De outro lado o senador Lindberg Farias (PT-RJ), no mesmo diapasão, foi bem explícito em dizer que o projeto não deve ser aprovado porque “depredar um ônibus, ocupar uma reitoria, invadir uma propriedade rural são manifestações que já possuem sua punição e a pessoa é presa por isso. Com a nova proposta, isso se torna terrorismo”.
O ministro da Fazenda, Joaquim Levy, já externou a necessidade de que o projeto seja urgentemente aprovado até porque do interesse internacional do Brasil. Segundo ele, sem uma legislação nacional sobre a matéria, o Brasil fica à mercê de sanções internacionais, eis que segue na mira do Grupo de Ação Financeira contra a Lavagem de Dinheiro e o Financiamento do Terrorismo (GAFI). E mais: atrasar a lei deixaria o país mais suscetível a rebaixamentos pelas agências internacionais de avaliação de risco.
Mais ainda. Com a proximidade das Olimpíadas de 2016, o Brasil mais do que nunca precisa estar instrumentado para enfrentar a ameaça terrorista.
Não esquecer que, por último, desta vez em Estocolmo, repetindo o que já havia dito na ONU, em setembro ? sempre sob a inspirada assessoria de Marco Aurélio Garcia ? a presidente Dilma voltou a criticar que a Rússia tivesse feito ataques aéreos contra bases do Estado Islâmico, na Síria: “Certos conflitos têm de ser resolvidos de forma predominantemente diplomática”, pontificou.
Ora, até as pedras já sabem, Brasil afora, que “os grupos terroristas internacionais Al-Qaeda, IRA, as FARC, Hamas, Hezbollah e ISIS (Estado Islâmico) interatuam por meio do tráfico de armas, lavagem de dinheiro e narcotráfico” (Villamarin Pulido).
VER COMENTÁRIOS