Uma receita prescrita pelo médico João Melo e Sousa Bentivi não foi entendida pelo farmacêutico por causa da caligrafia. Ao ter a receita devolvida para correção, o médico teria refeito a prescrição com um recado ao farmacêutico o chamando de “imbecil” e “analfabeto”.
Entretanto, em nota para se retratar e esclarecer o problema, João Bentivi justificou que o documento divulgado não era uma receita médica, e sim um bilhete direcionado ao farmacêutico que teria sido deselegante com ele. “O documento veiculado nas redes sociais não se refere a nenhuma receita médica, mas simplesmente a um bilhete desaforado para um profissional de farmácia, que foi deselegante comigo ao se recusar a vender um medicamento a uma humilde paciente e, sem critérios, assacar-me com adjetivos inapropriados”.
Em resposta ao Conselho Regional de Farmácia ele esclareceu que o recado não foi para todos os farmacêuticos. “Reitero, mais uma vez, o respeito aos farmacêuticos do Brasil, inclusive o meu bilhete tinha um destino específico: ao farmacêutico… Mas caso alguém queira fazer alguma demanda específica para a minha pessoa, discutiremos no foro apropriado, sem nenhum problema”.
De acordo com o médico, o fato ocorreu para responder os questionamentos “ignorantes” do farmacêutico. “A recusa não se referiu, portanto, a ser a prescrição legível ou não legível, mas às ponderações mal educadas do farmacêutico de como deveria ser a minha redação, inclusive interferindo e ponto dúvida a minha prescrição: atitude inaceitável”.
O médico abordou, também, sobre a repercussão de internautas nas redes sociais, e disse que entende a questão, mas que não vai aumentar o mal entendido. “Entendo ser democrática a participação das pessoas nas redes sociais e, após esse esclarecimento, por falta de tempo. Não polemizarei com nenhum cidadão”.
A produção tentou contato com o médico João Bentivi, e ainda aguarda resposta do mesmo para reiterar seu posicionamento.
Nota de Esclarecimento
Em razão da publicação, em redes sociais, de declaração por mim assinada, relacionada com um suposto farmacêutico, cumpre-me, em respeito à coletividade, esclarecer:
a) Em quase 40 anos de vida médica, sempre tive o maior carinho com todas as profissões afins e não seria agora que mudaria o meu comportamento;
b) No caso específico dos profissionais farmacêuticos, importa reiterar a amizade e respeito que tenho pela categoria, sendo que muitas dezenas desses profissionais privam da minha irrestrita amizade;
c) O documento veiculado nas redes sociais não se refere a nenhuma receita médica, mas simplesmente a um bilhete desaforado para um profissional de farmácia, que foi deselegante comigo ao se recusar a vender um medicamento a uma humilde paciente e, sem critérios, assacar-me com adjetivos inapropriados;
d) A recusa não se referiu, portanto, a ser a prescrição legível ou não legível, mas às ponderações mal educadas do farmacêutico de como deveria ser a minha redação, inclusive interferindo e ponto dúvida a minha prescrição: atitude inaceitável;
e) Entendo ser democrática a participação das pessoas nas redes sociais e, após esse esclarecimento, por falta de tempo. Não polemizarei com nenhum cidadão;
f) Reitero, mais uma vez, o respeito aos farmacêuticos do Brasil, inclusive o meu bilhete tinha um destino específico: “ao farmacêutico…”
g) Mas caso alguém queira fazer alguma demanda específica para a minha pessoa, discutiremos no foro apropriado, sem nenhum problema.
São Luís, 06/10/2015.
Professor Doutor João Melo e Sousa Bentivi
Médico, jornalista, advogado e Doutor cm Ciências Empresariais pela Universidade Fernando Pessoa – Porto/Portugal