EDUCAÇÃO

Maranhão tem a pior taxa de escolarização do ensino superior do país

Os piores no ranking da pesquisa são os estados do Maranhão, com 6,8%, seguido do Pará (7,5%), Bahia (9,7%) e Pernambuco (11%)

O Mapa do Ensino Superior, elaborado pelo Sindicato das Mantenedoras de Ensino Superior (Semesp), entidade que representa as universidades particulares do estado de São Paulo, apresentou dados sobre número de alunos em instituições públicas e privadas de todo o país, o Maranhão, é o estado que tem a pior taxa de escolarização do ensino superior do Brasil.
Os piores no ranking da pesquisa são os estados do Maranhão, com 6,8%, seguido do Pará (7,5%), Bahia (9,7%) e Pernambuco (11%). A unidade da federação campeã na taxa de escolarização líquida é o Distrito Federal, com 33,3%, seguido de Santa Catarina (22,3%), Paraná (21,39%) e São Paulo (20,6%).
A evolução do número de matrículas nos cursos presenciais e a distância e detalhes como taxa de evasão, perfil de alunos e um ranking dos estados com maior “taxa de escolarização líquida”. Os dados foram apresentados na última quarta (7) em audiência pública da Comissão de Educação.
A “taxa de escolarização líquida” é o percentual de estudantes de 18 a 24 anos, matriculados no ensino superior, comparado com a proporção que essa faixa representa na população total. No Brasil todo, a taxa média de escolarização líquida é de 16,2%.
O estudo mostra ainda que, em 2013, 995 mil alunos concluíram o curso superior no país. Desses, 765 mil concluíram o curso em instituições privadas e 230 mil em universidades públicas.
E, dos 995 mil formados, 834 mil frequentaram cursos presenciais e 161 mil cursos a distância.
A oferta de cursos a distância tem aumentado na rede privada e diminuído na rede pública. Em 2009, o número de matrículas em cursos a distância privados era de 666 mil, número que chegou a 999 mil em 2013. Já na rede pública, a oferta caiu de 173 mil vagas em 2009, para 155 mil em 2013.
“Houve um salto de matrículas no ensino a distância entre 2004 e 2008. Depois caiu, e o problema é a falta de oferta e não falta de demanda, já que novos credenciamentos são muito difíceis, o que reduziu a oferta”, explicou Rodrigo Capelato, diretor executivo do Semesp e coordenador do estudo.
O estudo apontou outros gargalos, como a taxa de evasão, que é alta. A taxa, calculada com base nos alunos desistentes em relação ao total de alunos matriculados, atingiu 24,9% em 2013 nos cursos presenciais e 28,8% nos cursos a distância. “É um problema que precisa ser atacado. Em média, apenas 50% dos alunos se formam”, disse Capelato.
Uma exceção nesse quadro é a taxa de desistência dos alunos beneficiados pelo Financiamento do Ensino Superior (Fies). Somente 6,7% deles abandonam os cursos, de acordo com a pesquisa. “São alunos de baixa rende que, antes, escolhiam o curso que cabia no bolso deles. Agora eles escolhem o curso que querem, o que mostra a importância do financiamento estudantil”, completou o pesquisador.
A pesquisa mostrou, ainda, que a renda de quem completa o ensino superior, de cerca de R$ 5 mil mensais, é 2,9 vezes maior que a dos que tem apenas o ensino médio.
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