Os principais corredores de trânsito da capital têm olhos que veem além do convencional. São 162 câmeras de videomonitoramento, das quais 35% dotadas de tecnologia High Definition (HD), o que possibilita excelente resolução das imagens, tanto durante o dia, quanto à noite, distribuídas pelos mais importantes eixos de tráfego de veículos e pessoas da cidade.

O videomonitoramento é operado pelo Centro Integrado de Operações Policiais (Ciops) e é dirigido pelo coronel Jorge Luongo. Ele disse que o monitoramento é um equipamento tecnológico que vem prestando grande serviço à sociedade e enumera que, somente neste ano de 2015, os serviço de monitoramento já viabilizaram 3.585 intervenções policiais, sendo 330 pelo Corpo de Bombeiros, 484 conduções para delegacias e 501 acionamentos do botão de emergência, instalado nos postes onde também estão as câmeras.

Através do serviço de videomonitoramente, o Ciops aciona as unidades das forças policiais e de emergência, como Corpo de Bombeiros e Samu, principalmente quando se trata de casos de acidentes, para o pronto atendimento às pessoas que sofrem crimes de qualquer etiologia ou acidentes. Tem também apresentado resultados positivos na prevenção dos crimes contra a vida, visto que observa os eventos, podendo prevenir ou fornecer características do acusado, sua rota de fuga e as características do autor do delito, para facilitar sua captura. As imagens são, posteriormente, passadas às autoridades e servem como prova contra o acusado.

Agilidade na emergência

Explica o coronel Luongo que o botão de emergência é um equipamento que viabiliza o pronto atendimento à vítima. Ele exemplificou que, caso uma pessoa venha a ser roubada, deve acionar o botão de emergência que logo o operador o atende para ouvir dali mesmo a vítima e aciona a viatura mais próxima para proceder o atendimento e, paralelamente, faz uma varredura com as câmeras da região, para localizar o acusado e dar as coordenadas para os policiais das viaturas, possibilitando a imediata captura. Ele alerta, porém, às pessoas, para que não tentem passar trotes, pois, no momento em que aciona o botão de emergência, o operador do Ciops já tem sua imagem, que fica gravada no sistema. Em caso de trote, a pessoa que aciona o botão por brincadeira é identificada e responde criminalmente.

Na avaliação do coronel Luongo, a população aprovou o serviço de monitoramente e tem solicitado a instalação de mais câmeras. “A viabilidade está em estudos e, logo, mais câmeras serão instaladas, contemplando bairros periféricos”, disse Luongo. Ele disse que o serviço já está sendo prestado com sucesso na Vila Luizão, bairros Sol e Mar, Cidade Olímpica e Coroadinho. Também já tem câmeras instaladas no Estreito dos Mosquitos, monitorando a entrada e saída da capital. Igual serviço está sendo instalado na Ponta da Espera, para monitorar quem entra ou sai da cidade por via ferryboat.

O monitoramento viabiliza à polícia agir também de forma preventiva, visto que, em caso do operado observar uma pessoa na iminência de cometer um crime e usando armas ilegais, o pessoal é habilitado para identificar a situação e acionar o policiamento próximo, para a abordagem, evitando a prática delituosa ou prevenir o uso de arma de fogo.

O serviço de videomonitoramente funciona por 24 horas, todos os dias da semana, com 114 operadores distribuídos em seis equipes, que trabalham em regime de giro. As imagens coletadas diariamente permanecem armazenadas no Ciops por 45 dias e podem ser solicitadas por parte interessada ao Núcleo de Análise de Vídeo, coordenado pelo delegado da Polícia Civil Inácio Henrique, que após análise, libera a imagem requerida. Hoje existe mais de três mil imagens armazenadas no Ciops. Explicou o coronel Luongo que a privacidade das pessoas é preservada sempre, e que são utilizadas máscaras negras para evitar a captação de imagens do interior das residências.

O sistema de vídeomonitoramento deverá, em breve, ser instalado em Imperatriz, a segunda maior cidade do estado, visando dar um combate mais efetivo à criminalidade naquela cidade. Estudos neste sentido já foram determinados pelo secretário de Segurança, Jeferson Portela, sendo a implantação deste serviço um desejo manifestado pelo governador Flávio Dino.