EDUCAÇÃO

Estudantes fazem exposição de artes na 9ª FeliS

São cerca de 200 trabalhos produzidos por estudantes de 35 escolas do sistema estadual de ensino e de 10 escolas da Secretaria Municipal de Educação

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Exposição de trabalhos estudantis atrai público na Feira do Livro

Fotografias, pinturas em telas, arte em cerâmica, literatura de cordel, xilografias. A arte produzida em sala de aula ultrapassou os muros das escolas e foi tema de exposição na 9ª Feira do Livro (FeliS), o maior evento literário do Maranhão e um dos maiores do nordeste.

São cerca de 200 trabalhos produzidos por estudantes de 35 escolas do sistema estadual de ensino e de 10 escolas da Secretaria Municipal de Educação (SEMED). O material que está exposto na ‘Galeria de Arte Seduc’, organizada pela Secretaria de Estado da Educação (Seduc), no primeiro piso da Casa do Maranhão, faz parte de projetos de arte educação desenvolvidos nas escolas da rede estadual, em várias disciplinas.
Desde a abertura da FeliS, no sábado, dia 02, a Galeria de Arte Seduc já recebeu mais de três mil visitantes, a maioria dos estudantes de escolas da rede estadual, que têm a oportunidade de conhecer os trabalhos realizados nas comunidades escolares e se motivarem a produzir.
Entre os trabalhos, estão livretos de literatura de cordel, produzidos por estudantes do CE Gov.Edison Lobão – CEGEL, que mergulharam no universo cordelista para estudar uma das modalidades literárias mais características do nordeste brasileiro.
Os estudantes do Liceu Maranhense, por exemplo, viajaram pelo mundo das artes plásticas e fizeram uma releitura de obras consagradas de grandes mestres da pintura mundial como: Leonardo Da Vinci, Eliezer Visconti, Almeida Júnior, entre outros. Fazer releitura de obras clássicas, também, foi o desafio que os estudantes do CE Erasmo Dias receberam. E o resultado foi bastante interessante. “Mona Lisa” foi uma das obras mais reproduzidas pelos estudantes, que mostram em seus trabalhos a obra prima de Da Vinci, de diversas formas.
Já os jovens do CE Estado do Pará, do bairro da Liberdade, se inspiraram nos Mestres Apolônio e Leonardo, dois ícones do folclore maranhense, que viveram e morreram naquela comunidade, e levaram para a feira elementos característicos da brincadeira do bumba-meu-boi, deste instrumentos musicais às indumentárias dos brincantes.
Da escola Y Bacanga, no Fumacê, estão 15 telas de estudantes que foram desafiados a criar suas próprias obras. “Pode pegar que é seu” é o título da mostra produzida por estudantes do CE Professor Ignácio Rangel, que lançaram as mãos de argila para criar trabalhos em cerâmica, e reaproveitaram vidros que iriam para o lixo e com a técnica de biscuit fizeram peças decorativas.
Os estudantes da CEEE Helena Antipof levaram para a exposição trabalhos manuais, resultado do aprendizado durante os cursos profissionalizantes oferecidos pela escola especializada em Educação Especial. “Acho que o mais importante aqui é a valorização das pessoas com deficiência, é a inclusão. Isso mostra que eles são capazes de estudar, produzir, de trabalhar de estarem inseridos no meio social”, disse Gilcelene Barros, supervisora de Educação Especial da Escola Helena Antipof.
Arte e Educação
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Grupo de dança do CE Margarida Pires Leal fez apresentação no stand da Seduc na FeliS

A 9ª FeliS, tem se transformado num grande espaço para todas as artes, e arte que surge nas escolas, a partir livros, a partir da ressignificação dos conteúdos. Assim, quem passou pelo Centro Histórico nesta quarta-feira, pode ver, por exemplo, estudantes da Escola José Justino Pereira encenando a peça ‘Auto do Bumba-meu-boi’. A peça é uma releitura da maior e mais contada história da cultura popular maranhense, que vem da época do ciclo do gado e que na encenação foi adaptada a uma linguagem mais jovial, adaptada aos tempos modernos, sem perder a essência da obra original.
O trabalho foi apresentado pelo grupo Movimento Artístico Estudantil (MOVART), criado há dois meses na escola, como forma de incentivar os estudantes a externarem os seus talentos. “Nós estamos nos sentindo privilegiados, motivados e valorizados em estar aqui. Este é um momento muito importante para estes jovens, para mim, enquanto professora”, destacou a professora Lucymeire Lobato Lopes, que coordena o projeto.
“Estamos muito felizes e sem palavras pra dizer o que esse momento significa. Mas, posso dizer que é uma grande oportunidade pra nós”, disse Joanderson Sousa Ferreira, aluno do 2º do José Justino Pereira.
Estudantes da escola João Batista Carvalho, do município de Icatu, viajaram 70 quilômetros até São Luís em busca de conhecimento e novas experiências. Em tour pela FeliS, eles assistiram apresentações culturais estudantis, visitaram os stands de livros, a exposições e assistiram palestras. “Esse passeio pela Feira do Livro é muito importante para despertar o habito de leitura, ver o novo, mostrar outras possibilidades. E a gente sai aprendendo muito, todos nós”, disse Lucilene Nogueira, professora de Biologia.
Programação desta quinta, dia 08
Na Casa do Professor (Rua Portugal), a partir das 8h, será realizada a mesa redonda “a Educação Básica no Maranhão: desafios e perspectivas”; “A política de alfabetização no Estado: discutindo os rumos da educação maranhense”; “A educação no Maranhão: discutindo os indicadores educacionais” e “Os temas socioeducacionais no currículo da Educação Básica”, com professores mestres da Seduc. A partir das 9h acontecerá a palestra “as práticas de leitura e escrita no contexto da macropolítica/ Programa Escola Digna, com a professora Ana Champoudry.
Ainda na Casa do Professor, das 9 às 11h30, será realizada a Oficina de LIBRAS. À tarde, às 14h, no auditório térreo, será a vez da palestra “Inclusão: que desafio é esse para o ensino?”, com a Supervisora de Educação Especial da Seduc, Rosane da Silva Ferreira. Nessa mesma área haverá, no auditório 1° andar, das 15h às 17h, a palestra: “Demonstração do uso do sistema de informação digital acessível”- MACDAISY.
No stand Auditório Seduc a programação iniciará às 8:30h, a UI Nascimento de Moraes, apresenta o vídeo “Curta Literatura: Poetas Maranhenses”, produzido pelos estudantes. Às 9h, o CE São José Operário dramatizará músicas de João do Vale. Além dessas escolas, também passarão pelo espaço da Seduc os centros Antonio Ribeiro e UI Gomes de Souza. À tarde, a partir das 14h30, os estudantes do CE São Cristóvão, UI Embaixador Araujo Castro – CAIC, e CE Jardim São Cristóvão apresentarão espetáculos teatrais. Às 19h30, será a vez do CE Rio Grande do Norte, com Roda de Conversa, com a professora Dra. Heloise Reis Curvelo Matos, apresentando o livro Topônios Maranhenses testemunhos de um passado ainda presente.
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