O Corpo de Bombeiros Militar do Maranhão (CBMMA) reforça os trabalhos de combate ao incêndio florestal na reserva indígena dos Arariboias, localizada entre os municípios de Arame, Grajaú, Santa Luzia, Bom Jesus, Amarante e Buriticupu, no sudoeste do estado do Maranhão.
As ações contam com o apoio do Grupamento Tático Aéreo (GTA) do Maranhão, da Secretaria de Estado do Meio Ambiente e Recursos Naturais (Sema), do Centro Nacional de Prevenção e Combate aos Incêndios Florestais (Prevfogo) do Ibama e do 24º Batalhão de Infantaria Leve.
Desde o mês de setembro, equipes de militares deflagraram uma operação em toda região para evitar que as chamas se propaguem e atinjam as aldeias e comunidades indígenas daquela área. Na semana passada, os trabalhos foram ampliados com o envio de mais tropas de militares de São Luís e Imperatriz para o local.
“O Governo do Estado está adotando todas as providências para minimizar os danos provocados pelas queimadas em Arame e em cidades vizinhas.
Nosso efetivo tem atuando conjuntamente com outros órgãos e instituições desde setembro, principalmente, nas áreas de maior incidência de focos de incêndio, que acabam se propagando devido aos ventos fortes, vegetação seca e o período de estiagem. As ações também consistem em garantir a integridade e a vida das famílias indígenas que residem na região”, destacou o comandante geral do CBMMA, coronel Célio Roberto Araújo.
A atuação operacional está sob a coordenação do tenente-coronel Manoel Teixeira, comandante do Batalhão de Bombeiros Ambiental (BBA) e tem a participação de guarnições de unidades da capital e do 3º BBM (Imperatriz). Os serviços estão concentrados em uma área de incêndio que atinge uma extensão de aproximadamente 30 km dentro da reserva.
O Ibama tem 80 brigadistas civis e o 24º BIL 40 militares empregados nas atividades. Para controlar as chamas, bombeiros utilizam materiais e equipamentos operacionais, como bombas costais (bombas d’água que os bombeiros usam como uma mochila, nas costas, bombeando água por meio de uma pequena mangueira), abafadores e contam com a ajuda de um helicóptero do CTA.
Não há previsão de encerramento da operação, visto que o parque ambiental é bastante extenso e de difícil acesso. O objetivo é extinguir as chamas para que não haja riscos às tribos. A Reserva Indígena Arariboia tem 413.000 hectares, sendo habitada por 10 mil Guajajaras.