Auditoria do Tribunal de Contas da União revela que as refinarias Premium I e II, que seriam instaladas no Maranhão e Ceará, provocaram um prejuízo de R$ 3,8 bilhões. Embora a Petrobras tenha realizado os investimentos, os equipamentos não chegaram a ser instalados e não geraram receitas para os cofres da União.

No início do ano, a estatal anunciou o encerramento dos projetos de implantação das refinarias. De acordo com a Petrobras, a paralisação dos equipamentos contabilizava uma perda de R$ 2,8 bilhões.

O cálculo do prejuízo feito pela estatal e o realizado pelo TCU resultam na diferença de R$ 1 bilhão. O valor pode ter sido gerado por meio das despesas correntes desembolsadas durante as obras, que não contam em termos de baixa nos ativos da empresa.

A cidade de Bacabeira, localizada norte do estado, com cerca de 16 mil habitantes, receberia mais de 25 mil empregos diretos e indiretos criados a partir da construção da refinaria.

No entanto, com o cancelamento dos projetos das refinarias gerados pela crise da Petrobras, as únicas coisas que restaram para os moradores e pessoas que investiram no sonho do desenvolvimento comercial e industrial de Bacabeira foram frustração e prejuízo. Não restou nada das promessas de emprego e geração de renda que movimentaria a economia local.

No Ceará, a Secretaria de Infraestrutura junto com outros setores do governo estadual estão realizando um levantamento em parceria com o Tribunal de Contas do Estado para apurar o valor gasto na Refinaria Premium II e cobrar o ressarcimento da quantia investida.

A força-tarefa da Operação Lava-Jato e do Tribunal de Contas da União (TCU) identificaram uma série de outras obras da Petrobras que também deram prejuízo. Como a construção de dois navios-sonda – Vitória 10000 e Petrobras 10000 – para explorar petróleo nas costas da África e do México. Com investimento de cerca de US$ 1,2 bilhão (mais de R$ 5 bilhões), que também não geraram lucros.