AÇÃO POLICIAL

Polícia Civil deflagra megaoperação contra pedofilia em todo o estado

O Maranhão é o quinto do país em crimes desta natureza e segundo o superintendente, por meio desta operação a polícia pretende coibir estes crimes e diminuir os números

Foto/Divulgação
Dezenove pessoas foram presas suspeitas de cometer crime de pedofilia e violência sexual contra crianças e adolescentes no Maranhão. As prisões foram realizadas no interior do estado, em operação deflagrada na madrugada do dia 18, pela Polícia Civil, por meio da Superintendência de Polícia Civil do Interior (SPCI). Mais de 30 mandados de prisões foram emitidos pela Justiça e a Polícia está no cumprimento destas determinações.
“Mais prisões estão sendo realizadas e esta operação visa reprimir, de forma qualificada, estes crimes”, diz o superintendente do Interior, delegado Dicival Gonçalves da Silva, acrescentando que os números são muito maiores. Ele relata que alguns casos foram flagrantes com suspeitos detidos enquanto abusavam dos menores em motéis, bares e pontos de prostituição. Denominada “Inocência Roubada”, a operação está há três meses na busca dos suspeitos deste tipo de crime.
O Maranhão é o quinto do país em crimes desta natureza e segundo o superintendente, por meio desta operação a polícia pretende coibir estes crimes e diminuir os números. Outro dado refere aos autores desta prática. Geralmente, pessoas próximas à vítima – pai, padrasto, tio, irmão, vizinho e amigo da família. Devido esse fator, o delegado ressalta que o trabalho investigativo requer atenção e muito cuidado. O policial lembra que a criança é intimidada pelo autor e também sua família se torna vítima. “Com essa operação, que considero de grande impacto, estamos dando um exemplo a nível nacional”, ressaltou o superintendente. A operação “Inocência Roubada” foi desenvolvida nas 18 regionais do interior do estado, onde cada área fiscaliza as ações nos municípios da qual faz parte.
“Para desencadear a operação e efetuar as prisões, a polícia estava munida de depoimentos, gravações, vídeos e relatos de testemunhas próximas às vítimas. Os proprietários dos estabelecimentos onde foram flagrados casos também devem responder por se associar ao crime e responder por estupro de vulnerável”, explica o delegado. “Assim como o que for encontrado com a criança e o adolescente e ainda envolvendo posse e uso de drogas, e bebida alcoolica”, completou ele.
“É um crime hediondo. A sociedade não aceita este tipo de abordagem às crianças, onde a criança inocente é aliciada e tem sua infância roubada. Quem está levando a criança sabe que está cometendo um crime”, enfatiza. Dicival Gonçalves alerta, ainda, que aqueles envolvidos com o aliciamento de menores “estão na mira da polícia do Maranhão”. Nesta ação, a Polícia Militar, Polícia Civil tem apoio do Ministério Público, Polícia Rodoviária Federal, das comarcas dos interiores e de órgão ligados à proteção da criança e do adolescente. Esta etapa da operação encerrou às 17h desta sexta-feira (18), mas terá prosseguimento nos interiores para cumprimento dos demais mandados judiciais.
Presos
As prisões foram cumpridas no municípios de Rosário, Timon, São João dos Patos, Codó, Pinheiro, Balsas, Itapecuru Mirim, Pedreiras, Paraibano, Viana, Caxias e Zé Doca. Os detidos pelo crime de estupro de vulnerável Sebastião Santos da Silva, Francisco José Moreira Lima, Antônio Mariano Pinheiro Lisboa, Antônio Cardoso Pereira, Miguel Alves de Sousa, Jailson Lima da Silva, Kerlis Pereira Costa, Carlos Alberto Maciel Sousa, César Moreira, Diomar de Jesus Aroucha Filho, Jean Charles da Silva, Joaquim de Sousa Lima, Amarílio da Silva Assunção e José Ferreira da Silva. A operação deteve ainda por roubo Jean da Conceição e Thiago Fernandes Abreu Correa; Gilberto Soares de Oliveira, por fornecimento de bebida alcoólica a menores; José Oliveira da Silva, por tráfico de drogas, receptação e assalto; Alexandro Farias Feitosa, pelo crime de violência doméstica; Francisco de Assis Carvalho da Silva, autuado na Lei Maria da Penha.
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