PRAZO

Obras na barragem do Bacanga devem ser concluídas em seis meses

As obras se concentram, primeiramente, na recuperação da comporta que se rompeu recentemente e, depois, na outra que está desativada há cerca de dez anos

Foto: Honório Moreira/OIMP/D.A Press.


Honório Moreira/OIMP/D.A Press

Barragem do Bacanga: situação é monitorada pelos órgãos governamentais do estado e do município

As obras de recuperação das comportas da barragem do Bacanga ainda se encontram em fase de diagnóstico. Logo que os levantamentos sejam concluídos, serão iniciados os trabalhos que devolverão a tranquilidade aos moradores do Sá Viana e de outros bairros que ficam nas áreas ribeirinhas do Lago do Bacanga.

Conforme a assessoria de comunicação da Secretaria de Estado da Infraestrutura – Sinfra, o prazo inicial para a execução das obras é de 180 dias, que é estipulado para a execução de obras emergenciais, mas que será confirmado, ou não, após a fase de levantamentos que ora se desenvolve. Conforme o jornalista Marco Franco, assessor da Sinfra, as obras se concentram na recuperação, primeiramente, da comporta que se rompeu recentemente e, depois, de outra que está desativada há cerca de dez anos.
Enquanto isso, nas comunidades da área do Bacanga, o clima é de expectativa e apreensão, diante do que chamam de tragédia anunciada, caso as obras demorem, diante da probabilidade de ocorrências de precipitações pluviométricas, que resultarão na elevação do nível das águas do lago, com possibilidade de alagamento e desalojamento de famílias residentes nas chamadas áreas de risco.
O pescador Manoel da Paciência Madeira, morador do Sá Viana, disse que os alagamentos podem ocorrer, tendo em vista que o lago do Bacanga recebe as águas pluviais de centenas de bairros, e, em caso de ocorrer chuva, o volume das águas será acrescido, e muitas famílias poderão ser desalojadas.
O pescador Jedié Silva Mendes, que mora na margem do lago e que dele retira seu sustento, com a captura de pescados, disse estar muito apreensivo também com os danos ambientais que já estão sendo sentidos. Ele disse que ainda se consegue pescar algum peixe na região mais próxima da barragem, isso porque ainda entra no lago certa quantidade de água através das aberturas entre as pedras do dique construído para conter o mar.
Foto: Honório Moreira/OIMP/D.A Press.


Honório Moreira/OIMP/D.A Press

Pescador Jedier Silva Mendes, morador do Sá Viana

Segundo Jedié, o mesmo não ocorre nas áreas mais distantes, onde as águas já estão bastante poluídas pelos esgotos jogados no lago e já se registra a falta de oxigênio, resultando na morte dos peixes. “O sururu já está morrendo e logo não teremos mais este marisco aqui. Depois, não teremos mais peixes e isto atinge também outras espécies da fauna, pois as aves se alimentam do peixe vivo”, avalia o pescador.

Maria Sônia Silva da Conceição reside no Sá Viana há mais de quinze anos e avalia que uma tragédia pode acontecer, caso os trabalhos da recuperação da barragem não sejam acelerados, para a conclusão antes da ocorrência das primeiras chuvas. Ela mora na região baixa do Sá Viana, conhecida como Campo do Santos, que fica na margem mais baixa do lago. “Até agora não tivemos alagamento das casas, embora as águas tenham vindo até à rua durante a maré alta desta semana, mas esta situação se agravará, com certeza, caso haja chuvas. É o que podemos chamar de tragédia anunciada”, concluiu Maria Sônia.

A situação, porém, está sendo monitorada pelos órgãos governamentais do estado e do município. O jornalista Marco Franco disse que, em caso de ameaça de alagamento, os moradores das áreas atingidas serão deslocados para casas em outro local, através do aluguel social ou para hotéis, onde ficarão em segurança até que a situação seja resolvida.
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