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Médico cubano e mais duas pessoas são mantidas reféns por indígenas, em Grajaú

Segundo os indígenas, reivindicam dois postos de saúde na tribo, poço artesiano, duas técnicas em enfermagem e uma ambulância para atender a tribo de mais de 250 indígenas

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Desde terça-feira, dia 08, indígenas continuam mantendo refém um médico cubano identificado como Nelson e mais dois funcionários do Governo do Estado, sendo um odontólogo e um motorista, na tribo Krepym katejy Timbira, centro-sul do estado, em Itaipava do Grajaú.

A Polícia Civil por meio do delegado Elson, da cidade de Barra do Corda, compareceu ao local na tarde desta quarta-feira, 9, para negociar com os manifestantes, mas não teve êxito.
Segundo os indígenas, reivindicam dois postos de saúde na tribo, poço artesiano, duas técnicas em enfermagem e uma ambulância para atender a tribo de mais de 250 indígenas.
Um indígena que não quis se identificar, contou a nossa reportagem que os profissionais da saúde chegam à tribo e atendem qualquer um sem se quer ter marcado ou ter passado por triagem. “Nós queremos um atendimento melhor, queremos que olhem para nós, os médicos chegam aqui e não tem suporte, eles extraem dente das pessoas aqui debaixo de uma árvore, é um descaso muito grande, só vamos liberar os reféns quando tivermos alguma solução”, contou o indígena.
Ainda segundo o indígena, algumas equipes de profissionais da saúde iriam ficar reféns, mas conseguiram fugir, um motorista, um médico do programa Mais Médicos, uma enfermeira, uma técnica de enfermagem, uma dentista e uma auxiliar bucal. Eles foram avisados por uma enfermeira que conseguiu escapar e contou que já havia uma equipe presa em poder dos índios. A enfermeira só conseguiu fugir por estar amamentando uma criança.
Um dos motivos pela qual os indígenas estão mantendo os profissionais como reféns, é também devido à equipe mantida refém não visitar a área há mais de duas semanas.
Os reféns esperam um posicionamento da Funasa e dos órgãos competentes para que algo possa ser feito o mais rápido possível.
Nossa equipe de reportagem procurou o Governo do Estado, mas ainda não tivemos resposta. Bem como a Secretaria Especial de Saúde Indígena, na pessoa no Alexandre, também ainda não tivemos respostas.
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