A Associação de Assistência e Proteção aos Condenados (Apac), de Pedreiras, realizou, no período de 12 a 18 de setembro, a 1ª ‘Semana do Recuperando Apaqueano’. O evento contou com a presença de 70 recuperandos, apoiados pelo Poder Judiciário, Promotoria e Defensoria Pública e pela Secretaria de Estado de Administração Penitenciária (Sejap).
Durante toda a semana foram realizados diversos eventos ligados especificamente à vida social do indivíduo privado de liberdade. A Apac possui métodos para a verdadeira ressocialização de pessoas que se enquadram nesse perfil, e oferecem oportunidade de contato com as atividades de conhecimento na arte e na cultura.
Autoridades como a promotora pública, Sandra Soares Pontes; o defensor público, Pablo Camarço de Oliveira; além de professores, artistas, familiares e voluntários prestigiaram o evento. Durante toda a programação houve discussões sobre a Lei de Execuções Penais (LEP), mudanças no sistema prisional, e progressões de penas.
Segundo o presidente da Apac de Pedreiras, Enoque Filho, os métodos utilizados dentro da associação não tem o objetivo de oferecer “mordomias” aos recuperandos, e sim oportunidades para viverem em liberdade. “O método Apac, não é ‘passar a mão em cabeça’ dos recuperandos, como ganhou projeção em algumas prisões”, adiantou.
“Muito pelo contrário, desenvolvemos atividades mais dignas sobre o olhar da sociedade e, principalmente, daqueles que a representam. Atuamos com muito amor e carinho para uma ressocialização mais completa e sem equívocos, que é justamente o compromisso oferecido pelo método que é bastante eficaz”, acrescentou Enoque Filho.
No Maranhão existem pelo menos seis Apac’s atuando em diversos municípios pelo interior do estado. São eles: Coroatá, Pedreiras, Imperatriz, Timon, Viana, e São Luís. Outras três cidades estão recebendo estruturas para a instalação do método que são Bacabal, Balsas e Itapecuru-Mirim. O objetivo é que 16 funcionem até dezembro.
Sobre a Apac
A Associação de Proteção e Assistência aos Condenados (Apac) surgiu nos anos 90, no interior do estado de São Paulo, como uma interface entre o Judiciário e o Executivo. A meta, desde então, é trabalhar de forma auxiliar para a recuperação dos recuperandos, priorizando a capacitação e o trabalho, além da assistência às famílias.