O Governo do Estado vai investir R$ 1,2 milhão em pesquisa na área de saúde para o fortalecimento do Sistema Único de Saúde (SUS) tendo como foco projetos nas áreas de Saúde da Mulher e da Criança, Controle da Hipertensão e Endemias Negligenciadas, com destaque para tuberculose e hanseníase, além do controle da diabetes. Os investimentos foram anunciados nessa terça-feira durante a Oficina de Prioridades do Programa de Pesquisa para o Sistema Único de Saúde (PPSUS), realizada em parceria com o Ministério da Saúde.
A oficina foi aberta pelo secretário de Estado de Ciência, Tecnologia e Inovação, Bira do Pindaré, e pelo presidente da Fundação de Amparo à Pesquisa e ao Desenvolvimento Científico e Tecnológico do Maranhão (Fapema), Alex Oliveira, com a participação do secretário de Estado de Saúde, Marcos Pacheco, e da representante do Ministério da Saúde, Érica Ell. Os recursos serão disponibilizados por meio de edital da Fapema, que será lançado em seguida.
“O governo Flávio Dino está aqui abrindo esta discussão do Programa de Pesquisa para o Sistema Único de Saúde e, desta forma, ampliando a transparência na elaboração dos editais e programas da Fapema. Assim, nós valorizamos mais a fundação, os pesquisadores, a comunidade acadêmica e a sociedade como um todo”, disse o secretário Bira do Pindaré durante seu pronunciamento a professores, pesquisadores, estudantes e secretários de saúde que participaram do evento realizado durante todo o dia.
O secretário destacou que investimentos na área de pesquisa são fundamentais para o desenvolvimento do Maranhão. “Pesquisa é conhecimento e ninguém desenvolve um país, uma sociedade, sem conhecimento e ele depende desse apoio financeiro”, completou o secretário Bira do Pindaré.
O edital, que será elaborado e lançado por meio da Fapema, constitui a segunda etapa do processo de organização do Programa PPSSUS, e deverá atender às resoluções adotadas durante a oficina. As demais etapas consistem nas submissões de propostas, enquadramento, análise e resultado final do edital. “Aqui iremos priorizar temas, mas não podemos perder de vista que a pesquisa se baliza pelos princípios que são fundadores do SUS que são a universalidade, a integralidade e equidade”, observou o presidente da fundação, Alex Oliveira.
Durante a oficina o secretário de Saúde, Marcos Pacheco, apresentou a situação atual de saúde do Estado, com o panorama organizacional e epidemiológico e os principais desafios a serem enfrentados. “Determinamos as questões mortalidade infantil, mortalidade materna, diabetes, hanseníase e saúde mental, que são temas transversais a todos, para imediato atendimento com o objetivo de reverter índices negativos. Precisamos reduzir as mortalidades infantil e materna e manter atenção sistematizada no controle de doenças como hanseníase e diabetes. O incentivo e desenvolvimento de pesquisas ligadas a esses problemas na área de saúde são muito bem-vindos e serão importantes para o alcance destas metas”, disse o secretário Marcos Pacheco.
Oficina
A coordenadora do PPSUS, do Ministério da Saúde, Erica Ell, contou que o programa já fomentou em torno de 2.600 pesquisas. “Um dos aspectos peculiares do programa é que ele, além de auxiliar no desenvolvimento da ciência e tecnologia no estado, está favorecendo a descentralização de recursos para possibilitar aos estados, que não têm uma tradição forte de ciência e tecnologia na área de saúde, fomentar pesquisa para dar suporte ao SUS”, observou.
O PPSUS é o Programa de Pesquisas para o SUS: gestão compartilhada em saúde, executado no estado do Maranhão, por intermédio da Fapema, em parceria com o Ministério da Saúde, Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) e Secretaria de Estado de Saúde. O programa tem como objetivo apoiar propostas que estudem a resolução dos problemas de saúde prioritários da população brasileira, além de fortalecer a gestão do SUS.
A diretora do Centro de Ciências Biológicas e da Saúde (CCBS) da Ufma e reitora eleita da universidade, Nair Portela, participou da oficina do PPSUS. “Essa oficina apresenta uma metodologia que vai nos permitir dirigir melhor a investigação científica e, consequentemente, alcançar melhores resultados em prol do bem-estar e da saúde da população”, disse.