Uma operação deflagrada pela Polícia Militar do Estado do Maranhão em cumprimento a ordem judicial, na manhã desta quinta, para desocupação de prédio em área urbana, no Turu, resultou no confronto entre policiais e manifestantes. Durante a ação Fagner Barros dos Santos, 19 anos, que fazia parte do protesto foi atingido por um disparo, a bala atingiu a cabeça, e ele morreu no local.
O tumulto teria ocorrido na Rua da Liberdade, durante um protesto contra a reintegração de posse da área que foi ocupada há três semanas. A vítima fatal como diversos outros moradores, ocupava uma parte do terreno.
O corpo foi levado para Upa do Araçagi. Uma mulher e uma criança também teriam sido atingidas durante a confusão. As vítimas ainda não foram identificadas.
A assessoria de comunicação do governo do Estado informou que o cabo Marcelo Monteiro dos Santos, que integrava a operação, foi o autor dos disparos contra o manifestante morto.
O cabo se encontra preso e será autuado em flagrante delito na Delegacia de Homicídios. Ele responderá a processo, que vai apurar responsabilidade dos disparos, assim como a do comandante da operação.
No início da tarde os moradores do local, interditaram a Avenida Sampaio Corrêa , revoltados também com a morte do jovem de 19 anos.
Nota
Em nota, o governo do Estado do Maranhão informou que em cumprimento de ordem judicial, a Polícia Militar do Estado do Maranhão deflagrou na manhã desta quinta (13) operação para desocupação de prédio em área urbana, no Turu. Sem ordens superiores e em descumprimento à lei, o cabo Marcelo Monteiro dos Santos, que integrava a operação, disparou tiro contra um dos manifestantes que, infelizmente, veio a óbito.
O Governo do Estado do Maranhão repudia veementemente a ação isolada do policial, o qual já se encontra preso e será autuado em flagrante delito na Delegacia de Homicídios. Ele responderá a processo, que vai apurar responsabilidade do cabo que efetuou o disparo e do comandante da operação.
O Estado do Maranhão informa ainda que prestará toda a assistência necessária à família da vítima através da Secretaria de Estado dos Direitos Humanos e Participação Popular.