VACINAÇÃO

População adulta deve ter atenção especial com carteira de vacinação

Para a chefe de Imunização do Estado, Helena Almeida, a população maior de idade geralmente negligencia as doses dando prioridade às campanhas nacionais e infantis

População adulta deve ter atenção especial com carteira de vacinação

Muitas vezes esquecida, a vacinação na fase adulta pode representar risco à vida humana quando a dosagem é feita de forma desordenada, o que acontece quando a pessoas perdem o cartão de vacina, mais de uma vez.

Para evitar ser vítima de doenças que podem ser prevenidas com a vacinação, ou tomar determinadas doses em excesso, é recomendável guardar e fazer as anotações de doses no cartão individual de vacinação ao longo da vida.
A negligência dos adultos com o próprio cartão de vacina é algo comum, e por isso, constatada com frequência por agentes de imunização, principalmente em períodos de campanha.
O agricultor aposentado, Luís Ferreira, 63 anos, já perdeu a conta de quantas vezes teve que solicitar uma nova carteira para o monitoramento das vacinas que precisou tomar.
“Esqueci as vezes que tive de fazer o cartão do idoso. Não sei quantas vacinas preciso tomar, mas a idade faz agente vir ao hospital e receber as doses que faltam”.
Assim como muitos brasileiros, a vendedora Conceição de Maria mantém apenas a carteira dos filhos atualizada e bem guardada. O cuidado segundo ela é para não ter complicações com o programa Bolsa Família, do Governo Federal. “Só quando tem campanha na televisão eu venho me vacinar. Eu já tive carteira, mas há muito tempo não uso”, acrescenta.
Foto: Diego Chaves / O Imparcial.


Diego Chaves / O Imparcial

A chefe do setor de Imunização da Secretaria Estadual de Saúde (SES) diz que a negligência dos adultos com o cartão de vacina é constante

Quem perdeu o cartão de vacina, pode tirar um novo documento a qualquer momento, indo até um posto de saúde e aproveitar para tomar as vacinas necessárias para manter a prevenção em dia. A chefe do setor de Imunização da Secretaria Estadual de Saúde (SES) diz que a negligência dos adultos é constante e muitos só procuram a vacinação quando já sentem sintomas de alguma doença.

“É recomendável que se guarde a carteira de vacinação como documento oficial, como uma carteira de identidade. Ao longo da vida esse cartão é requisitado: as empresas exigem ao admitir o profissional; na adolescência é necessário para regulamentação de programas sociais como Bolsa Família e Bolsa Escola e na fase infantil como proteção para crianças”, pontua.
Um total de sete vacinas é necessário na vida adulta. Todas são importantes, pois quebram o ciclo de doenças virais e bacterianas, aumentando a qualidade de vida da população. Além das doses de rotina, há também a campanha nacional, voltada para adultos contra a influenza, que começou em 1999 com o foco em idosos, e hoje foi ampliada para grupos de adultos prioritários, funcionários de hospitais, gestantes e indígenas.
“É notório que o programa de imunização de vacinação ampliou de alguns anos pra cá, especialmente desde 2010. Um ganho para a população, sendo o Brasil referência mundial como um dos países que mais vacinam”, afirmou a chefe de Imunização do Estado, Helena Almeida.
Este ano, o Brasil comemora 43 anos do Programa Nacional de Imunização (PNI) quer disponibiliza 16 vacinas para a fase adulta, em destaque para a dupla tipo adulto – para difteria e tétano, Pneumo 23 contra a pneumonia, contra o HPV Tríplice-viral – para sarampo, caxumba e rubéola, contra hepatite B, contra Febre Amarela, contra o Influenza e contra a Herpes Zóster.
A meta do Maranhão é de prevenir 100% do público alvo de doenças como tétano, difteria e coqueluche. Esta última leva o nome de Pentavalente quando voltada para crianças. Quem nunca recebeu as três doses contra a difteria deve tomar o quanto antes e fazer o reforço a cada dez anos.
O recebimento de doses de maneira descontrolada, que pode acontecer quando as pessoas perdem o cartão, provoca efeitos adversos ao organismo, por isso, a importância de guardar o documento.
Vacinas indicadas na fase adulta:
Dt (Contra tétano e difteria, tipo adulto)
Três doses para não vacinados na infância e reforço a cada 10 anos
Intervalo entre doses de 60 e 120 dias
Febre Amarela
Uma dose em não vacinados na infância e reforço a cada 10 anos
Hepatite B
Três doses para pessoas não vacinadas
Intervalo entre doses de 30 e 180 dias
SRC (Tríplice viral, contra sarampo, caxumba e rubéola)
Uma dose em não vacinados.
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